“Brasil está ‘atento’ a solução negociada com as Farc, diz assessor de Lula” por Fabrícia Peixoto da BBC

Os presidentes Lula e Juan Manuel Santos

O Brasil foi o primeiro destino do novo presidente colombiano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, estar “muito atento” na busca por uma solução “negociada” com os rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), segundo relato do assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia.

Lula e Santos tiveram um encontro em Brasília durante a primeira viagem internacional do colombiano desde sua posse, no início de agosto.

Questionado sobre a discussão em torno de uma suposta atuação “terrorista” das Farc, Garcia disse que o Brasil “não é uma agência de classificação”.

“Temos uma atitude muito severa, muito crítica às Farc, que foi estabelecida antes mesmo que o governo Lula se constituísse”, disse o assessor do Palácio.

Durante discurso logo após o encontro com Santos, Lula disse que “nada justifica o terrorismo como instrumento de política”, mas não mencionou as Farc.

Unasul

Garcia disse que Santos reiterou sua “disposição” e seu “compromisso” com a integração regional, especialmente por meio do “fortalecimento” da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

“Há uma disposição muito forte do presidente Santos de cooperar e de integrar mais a região”, disse o assessor brasileiro, logo após o encontro de Santos com Lula.

Na avaliação de Garcia, o novo governo colombiano deverá se mostrar “mais próximo” da Unasul. “Tenho certeza que sim”, acrescentou.

Segundo ele, houve uma “excelente química” entre os dois presidentes durante o encontro desta quarta-feira. “Há um novo marco no relacionamento”, disse o assessor.

“Houve uma reiteração da parte do presidente Lula da importância que o Brasil concede à Colômbia e do papel muito positivo que a Colômbia pode desempenhar, do ponto de vista político na América do Sul.”

Nova fase

A escolha do Brasil como ponto inicial da primeira viagem ao exterior de Santos como presidente foi “muito bem vista” pelo Palácio do Planalto, segundo um interlocutor.

O “sinal”, de acordo com essa mesma fonte, é de que Santos está inaugurando uma fase “mais próxima” entre Colômbia e Brasil.

Os dois países mantiveram relações estáveis e amigáveis durante a gestão de Álvaro Uribe na Presidência da Colômbia, mas “abaixo de seu potencial”, segundo um diplomata.

O motivo estaria no maior alinhamento dos colombianos com os Estados Unidos, em detrimento de uma aproximação com os países da América do Sul.

Mesmo tendo sido ministro de Uribe e uma das vozes contrárias à Unasul, Santos tem dados sinais de que haverá uma mudança nas prioridades da política externa colombiana. Ainda não há, por exemplo, previsão de visita de Santos aos Estados Unidos.

Postado por Yasmin Riegert.

Discurso de Celso Amorim em homenagem na Câmra de Comércio (13/8/2010)

Discurso proferido pelo Ministro Celso Amorim, em solenidade na qual foi homenageado com o grau de Comendador na Ordem do Mérito da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=dKllQUbx00o

Veja outras postagens sobre o Ministro Celso Amorim

Postado por

Luiz Albuquerque

Globalpost: “Brasil pode impulsionar agricultura africana

O Brasil é uma enorme potência agrícola e, como tal, usa com sucesso a cooperação internacional no campo agropecuário e sanitário como um espaço de projeção de seu soft power no seu relacionamento sul-sul.

Opinion: Brazil can boost African agriculture (Globalpost.com, 04/8/2010)  

By Stephanie Hanson

President Lula can convince increased investment in rural development.

BUNGOMA, Kenya — Food security and agricultural development have become hot topics.
U.S. President Barack Obama’s administration has rolled out its “Feed the Future” initiative. The World Bank started a multi-donor trust fund for food security in April. Africa, with the world’s lowest crop yields and its greatest potential to produce food, will be the recipient of the majority of funding from both initiatives. While African governments will benefit from this funding, their most useful partner has gone largely unnoticed: Brazil.
In recent years, Brazil has quietly accelerated its foreign aid. It is also an agriculture powerhouse. As African governments try to facilitate a Green Revolution in Africa, Brazil is uniquely positioned to help.
Perhaps better than any other foreign power, Brazil understands the challenges that African governments will face as they try to ramp up crop production and to develop complex supply chains for agribusiness. Brazil’s farm industry is currently worth roughly $250 billion, and it accounts for about 35 percent of the country’s exports.
In the 1970s, however, Brazilian agriculture suffered from low yields and a lack of institutions to increase production.
Over the next 30 years, Brazil achieved tremendous yield increases in grains, sugarcane and dairy through targeted state investment. It started a research institution, Embrapa, which now has 41 centers across the country and a budget of over $1 billion. Embrapa claims that every dollar it has invested in technology development has produced $6.60 in returns for Brazilians. Brazil also invested in rural agriculture through Pronaf, a scheme that provides financing guarantees for equipment and encourages technology uptake.
African governments can learn much from these initiatives. First, agriculture development requires sustained investment over several decades. Brazil can show African leaders the wisdom of committing at least 10 percent of state budgets to agriculture, as they have promised to do, though few have followed through.
Second, Africa needs to invest in research institutions like Embrapa. In 2006, Embrapa opened an office in Accra, Ghana, to spread Brazilian agriculture technology across Africa. It already has nine projects in process, from helping Angola strengthen its agriculture research organization to helping Senegal develop its rice sector. These efforts should be increased, whether the funding comes from the Brazilian government, the World Bank, or the U.S. government.
Third, Africa cannot ignore its smallholder farmers. Over 80 percent of farming in Africa is done on small plots of lands. These farmers need technology that is adapted to their needs. Brazilian agronomists could advise African governments on rural extension services and technology adaptation.
Brazil is strongly interested in assisting Africa with its agriculture development. It is still a developing country itself, though, and while its foreign aid is rising, the need in Africa far exceeds what it can reasonably give. Western governments should direct some of their agriculture development aid through Embrapa, taking advantage of the institution’s accumulated expertise and talented staff. A new initiative called the Africa-Brazil Agriculture Innovation Marketplace brings together a group of donors, including the World Bank, to fund such projects. However, the initiative will only fund seven projects for a maximum of $80,000 each — a meager sum given the millions flowing to agriculture development in Africa.
In addition, Brazil should modestly increase its aid to Africa. This is not an altruistic move. Brazil will reap concrete benefits from assisting Africa with its agriculture development. The signature initiative of Brazil’s foreign policy is South-South cooperation. Working with Africa on agriculture shows the world that Brazil takes its rhetoric seriously.
Brazil also wants a permanent seat on the U.N. Security Council. Currying favor with African governments could help it build a coalition of supporters for that effort. This strategy has been successful for China, which has used its aid programs to build support among African governments in U.N. forums.
Finally, Brazil is the world’s largest producer of biofuels, but continued growth is contingent on the establishment of a global biofuels market. Currently, only the United States and Brazil produce and consume any significant quantity of ethanol. If Brazil facilitated the production of biofuels crops in Africa, it could lead to a more robust global market for ethanol.
A strong partnership between Brazil and Africa on agriculture development should be led by Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva. After stepping down from office this fall, Lula should start lobbying Western governments to channel some of their agriculture aid through Embrapa, and advising African governments on their agriculture policy strategy.
Lula knows Africa well — he has made nine trips to the continent during his eight years as president — and he is one of the world’s most charismatic heads of state. African leaders have pledged to allocate 10 percent of their budgets to agriculture development, but many have yet to follow through on their commitment.
If anyone can convince them that achieving economic prosperity requires a sustained commitment to agriculture spending, it’s Lula.

Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/artigos-relevantes/opinion-brazil-can-boost-african-agriculture-globalpost.com-04-8-2010

Postado por

Luiz Albuquerque

BBC: Colômbia e Venezuela reatam relações e encerram crise

Reaproximação entre colômbia e venezuela é uma das notícias mais importantes para a América Latina. Parabéns ao Governo brasileiro por ter contribuído para essa aproximação.

Claudia Jardim

Enviada especial da BBC Brasil a Santa Marta (Colômbia)

Após mais de quatro horas de reunião, os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, anunciaram o restabelecimento de relações diplomáticas e deram por superada uma das piores crises da história, entre os países vizinhos.

Em tom amistoso, Chávez e Santos disseram terem “virado a página” anunciaram recomeçar do zero os vínculos políticos, diplomáticos e econômicos entre Caracas e Bogotá.

Os líderes também se comprometeram a estabelecer um maior controle fronteiriço para evitar o trânsito de grupos armados.

Farc

A suposta presença de acampamentos guerrilheiros na Venezuela foi o pivô da crise e centrou as declarações do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que voltou a afirmar que não apóia as guerrilhas colombianas.

“Incito a Colômbia, aos que estão convencidos: o governo venezuelano não apóia nem apoiará a guerrilha colombiana (…) acreditem”, afirmou Chávez, na quinta San Pedro Alejandrino, em Santa Marta, onde morreu o líder independentista da América hispânica, Símon Bolívar.

Chávez qualificou como “infâmia” as acusações de que seu governo seja conivente com as guerrilhas colombianas que admitiu, porém, que na extensa fronteira entre ambos países há penetração de grupos irregulares.

“Se eu fosse o chefe da guerrilha colombiana faria tudo, tudo para a paz”, afirmou.

Tanto Chávez como Santos defenderam a confiança e transparência como base para a reconstrução dos laços diplomáticos entre ambos.

“Necessito que o presidente acredite em mim, e eu, nele”, disse Chávez, repetidas vezes em sua declaração.

Em referência à alegadas coordenadas que indicavam a instalação de acampamentos guerrilheiros na Venezuela, Chávez pediu a Santos não acreditar em “fofocas” e estabelecer canais de comunicação permanentes para evitar novos conflitos.

A suposta presença de guerrilheiros colombianos na Venezuela, pivô da crise entre os vizinhos, centrou o discurso do presidente venezuelano Hugo Chávez.

Santos, por sua vez, disse que o posicionamento da Venezuela contra os grupos armados “é importante para que estas relações se mantenham em bases firmes”, afirmou Santos.

Cinco pontos

Ambos os países concordaram com a criação de uma comissão que deve tratar de cinco pontos. O primeiro é o pagamento da dívida da Venezuela com os empresários colombianos, estimada em US$ 800 milhões, comissão para acordo de complementação econômica, desenvolvimento social na fronteira e de infra-estrutura e no tema da segurança, ponto mais delicado que acabou sendo o pivô da crise entre Caracas e Bogotá.

“Celebro muito, muitíssimo, esse encontro hoje com o presidente (Hugo) Chávez (…) decidimos virar a página e pensar no futuro nossos povos e países”, afirmou Santos.

“Voltamos ao ponto zero (…) Decidimos ir lentamente, porém com passos firmes”, disse o presidente colombiano.

Chávez, por sua vez, disse que ele e seu colega colocaram a “pedra fundamental” para estabelecer uma nova relação política e diplomática.

“Agora temos que cuidá-la”, disse ele.

“Decidimos reestabelecer as relações políticas, diplomáticas e plenas (…) apesar da gravidade da crise, conseguimos reestabelecer relações”, afirmou Chávez, ao lado do novo presidente colombiano, com quem no passado teve enfrentamentos verbais sobre o tema de defesa e guerrilhas.

Colômbia e Venezuela acordaram coordenar atividades para aumentar a presença de ambos Estados na fronteira binacional. Acompanhando a intenção do governo brasileiro, a Unasul (União de Nações Sul-americana) acompanhará os trabalhos dessa comissão.

Unasul

Chávez, que chegou a responsabilizar a Organização dos Estados Americanos pela crise com a Colômbia, elogiou a presença do secretário-geral do bloco, Néstor Kirchner, na mediação da crise e defendeu a Unasul como o espaço “adequado” para tratar os assuntos sul-americanos.

“A Unasul deve se converter em nosso espaço privilegiado, não apenas para solucionar conflitos que podem surgir aqui ou ali”, afirmou Chávez.

Em seguida, Santos, reiterando a posição defendida por seu antecessor, Álvaro Uribe, disse que a participação da Unasul como mediadora não “exclui” as outras organizações, em clara referência à OEA. “Não é excludente. (A Unasul) não será o único espaço para a mediação regional”, afirmou.

Crise

A economia colombiana foi a principal afetada durante a crise. A previsão do Banco Central da Colômbia é que para este ano a pauta de exportações da Colômbia à Venezuela não supere US$1.2 bilhão, 80% menor em relação à 2008, quando às vendas para o vizinho superou US$ 6 bilhões.

O pivô da atual crise foram as acusações da Colômbia na Organização de Estados Americanos (OEA) de que a Venezuela abriga pelo menos 1,5 mil guerrilheiros em seu território.

Chávez negou que seu governo seja conivente com os grupos irregulares e rompeu relações com o vizinho, acusando o ex-presidente Álvaro Uribe de pretender “promover” um conflito entre ambas nações.

A crise diplomática entre os governos da Colômbia e Venezuela se arrasta desde 2004, porém, subiu de tom em 2009, quando Chávez decidiu “congelar” as relações e “levar à zero” o comércio com Bogotá , em resposta ao acordo militar firmado pelo vizinho com os Estados Unidos.

O acordo – que é visto por Chávez como uma ameaça à seu governo e à paz regional – permite o uso à tropas norte-americanas de sete bases militares colombianas.

Chávez disse que foi acordado com Santos que qualquer acordo firmado por um ou outro país deve ter como base “o princípio de não agressão e de respeito à soberania dos demais países”.

Os presidentes terminaram o encontro com um aperto de mãos.

Chávez presenteou Santos, que completa 59 anos nesta terça-feira, com um grande volume da biografia de Símon Bolívar.

Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100810_venezuelaconsolidada_cj_rc.shtml

vejam outras matérias sobre a Colômbia e a Venezuela

Postado por

Luiz Albuquerque

Babylon: documentário/clipe sobre anova ordem mundial

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=p7vH1j6LtZM&feature

Postado por

Luiz Albuquerque

BBC: “Críticos ‘veem Brasil com olhos pequenos’, afirma Amorim”

As grandes empresas do setor de telecomunicações, incluindo-se ai os jornalistas, são partes de empreendimento econômico com interesses políticos e preferências ideológicas. Por isso, quem gosta de entender as coisas em maior profundidade deve buscar fontes mais consistentes.

Guila Flint

De Tel Aviv para a BBC Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que os críticos da política externa brasileira veem o Brasil com “olhos pequenos” e “não conseguem compreender” que o país passou a ter “grandeza” no cenário internacional e, em consequência, está sendo chamado a desempenhar um papel ativo nas questões mundiais.

Em seu último dia de visita a Israel, o chanceler concedeu uma entrevista exclusiva à BBC Brasil na qual fez um balanço de seus oito anos de trabalho à frente do Itamaraty e rebateu diversas críticas à política externa brasileira.

Amorim também analisou o papel do Brasil no Oriente Médio e na América Latina e falou sobre sua visão do futuro da posição brasileira no cenário mundial.

O ministro dividiu os críticos à política externa brasileira em dois grupos principais – as grandes potências, que segundo ele, querem manter o monopólio do poder, e críticos dentro do país que não compreendem que “o Brasil é um país grande”.

“Os críticos de fora do Brasil também não querem a participação (em questões da paz e segurança mundiais) da Índia, da África do Sul ou da Turquia, pois querem preservar o monopólio do poder que têm”, afirmou.

“Já no Brasil (os críticos) são pessoas que não conseguem compreender que – sem nenhuma megalomania, sem nenhum exagero – o Brasil tem um tamanho e uma grandeza no cenário internacional.”

“Política externa não é uma coisa que se faz com um horizonte de um ou dois mandatos, mas nós iniciamos um processo e temos hoje uma relação de intimidade e de conhecimento dos problemas que não sonhávamos ter dez anos atrás.”

Celso Amorim

Venezuela x Colômbia

Amorim rejeitou as críticas de que a participação crescente do Brasil nas questões mundiais, especialmente no Oriente Médio, se dá em detrimento dos esforços do país para ajudar a resolver os problemas da América Latina.

“Na questão da crise entre a Venezuela e a Colômbia, a primeira coisa que o presidente Lula fez foi telefonar para o presidente Chávez, e também entramos em contato com os ministros colombianos. Uma coisa não interfere na outra, pelo contrário, o prestígio internacional do Brasil nos ajuda também a trabalhar na região”, disse.

O ministro disse que a América do Sul tem mecanismos para resolver crises como a que está ocorrendo entre a Venezuela e a Colômbia e lembrou que na próxima quinta-feira, dia 29, os ministros da Unasul vão se reunir para discutir a questão.

“A tarefa imediata é administrar a situação até a chegada do novo governo colombiano e então procurar uma solução mais permanente.”

Oriente Médio

Amorim disse que os esforços que o Brasil dedicou, durante os últimos oito anos, às questões do Oriente Médio “valeram a pena”.

“Política externa não é uma coisa que se faz com um horizonte de um ou dois mandatos, mas nós iniciamos um processo e temos hoje uma relação de intimidade e de conhecimento dos problemas que não sonhávamos ter dez anos atrás.”

O chanceler disse que, cada vez que vai ao Oriente Médio, sente que há “um interesse na participação do Brasil, sinto isso da parte dos palestinos, dos israelenses e dos iranianos, e de outros – egípcios, sírios….”

“Vale a pena o esforço, porque aqui (no Oriente Médio) estão concentrados os problemas principais da paz mundial, e o Brasil é um grande país e todos nós temos que pagar um preço pela manutenção da paz. ”

“A paz é como a liberdade, é como ar, você só sente como ela é importante quando ela não existe”, disse Amorim.

E completou: “Os países que querem ter uma participação têm que pagar algo por isso e é melhor que seja em diplomacia do que em outras formas”.

Irã

O ministro afirmou que o Brasil vai respeitar as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, embora tenha se oposto a elas, “pois respeita a lei internacional”.

No entanto, segundo Amorim, o Brasil não tem obrigação de se alinhar a favor das sanções unilaterais decretadas pelos países europeus ou pelos Estados Unidos.

“Continuamos achando que o melhor caminho para resolver a questão do projeto nuclear iraniano é por meio do diálogo e não do isolamento”.

O ministro afirmou que se houver uma guerra com o Irã as consequências poderão ser “absolutamente trágicas”.

“Mas prefiro apostar na paz e temos que continuar trabalhando para evitar que isso aconteça”, disse.

Eleições

“A maior resistência em relação à participação do Brasil e de outros países em desenvolvimento é na parte de paz e segurança, pois os cinco membros do Conselho de Segurança são também potências nucleares que querem barganhar entre elas as condições da paz no mundo. Mas isso vai mudar, porque o mundo não pode continuar tendo, no seu processo decisório, os mesmos paises de 1945.”

Celso Amorim

Diante da aproximação das eleições no Brasil, Amorim afirmou que considera que mesmo na ausência do presidente Lula, o papel do Brasil no cenário internacional continuará crescendo.

“Pelé só teve um, mas o Brasil continuou a ser campeão mundial”, comparou Amorim.

De acordo com a avaliação do ministro, daqui a dez anos ninguém terá duvidas sobre o papel importante e central do Brasil nas relações internacionais, inclusive nas questões da paz e segurança mundiais.

O Brasil já tem um papel importante nas questões financeiras, nas relações comerciais e na questão do clima. A maior resistência em relação à participação do Brasil e de outros países em desenvolvimento é na parte de paz e segurança, pois os cinco membros do Conselho de Segurança são também potências nucleares que querem barganhar entre elas as condições da paz no mundo”.

“Mas isso vai mudar, porque o mundo não pode continuar tendo, no seu processo decisório, os mesmos paises de 1945.”

“Esses oito anos em que servi no Ministério foram muito privilegiados pois foram um momento de transformação do mundo e do Brasil”, resumiu.

Sobre seus planos futuros, Amorim disse que no momento tem dois convites, “um é real, que é do reitor da Universidade do Rio de Janeiro, para ajudar na universidade, e o outro… eu gostaria de crer que tenho um convite… que é dos meus netos, para passar mais tempo com eles”.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/07/100727_amorim_guila_ra.shtml

vejam outras entrevistas com o Ministro Celso Amorim

Postado por

Luiz Albuquerque

Colômbia confirma presença em reunião da Unasul sobre crise com Venezuela

O governo da Colômbia disse estar disposto a debater as acusações sobre a suposta presença de guerrilheiros colombianos na Venezuela durante a reunião extraordinária de chanceleres da Unasul , marcada para esta quinta-feira, em Quito, Equador.

Por meio de um comunicado, no entanto, a Colômbia pediu que o bloco sul-americano encontre “soluções” para a questão, que levou a um rompimento das relações diplomáticas entre o país a Venezuela na semana passada, após as acusações terem sido feitas por Bogotá em uma reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos).

No documento, a Colômbia afirma que a solução da atual crise com o país vizinho passa pela criação de um “mecanismo concreto” para solucionar “os temas de fundo”, sem especificar, no entanto, no que ele poderia consistir.

‘Proposta de paz’

A nova crise entre Colômbia e Venezuela atingiu seu ápice na última quinta-feira, quando o governo colombiano apresentou durante uma reunião da OEA supostas provas sobre a presença de rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em território venezuelano.

Como resposta, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países e ordenou o fechamento da embaixada da Colômbia em Caracas.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Equador – que ocupa atualmente a Presidência rotativa da Unasul-, Venezuela, Colômbia, Paraguai, Uruguai, além do próprio Equador, já confirmaram a presença na reunião de quinta-feira.

Fonte: BBC Brasil – leia na íntegra [link]

Postado Por Flávio Vieira