Invasão do Iraque pelos EUA completa 10 anos de impunidade


A invasão do Iraque pelos Estados Unidos completa 10 anos. A decisão tomada pelo então presidente George W. Bush  foi unilateral e ilegal, mas não sofreu consequências. Por isso, ele conseguiu manter por anos a fio uma guerra imperialista que custou milhões de vidas aos iraquianos, cometendo crimes contra a humanidade até hoje impunes.

Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho

 

A decisão de Bush inseriu-se em um contexto internacional dominado pela Doutrina Bush, que foi caracterizada pelo empenho por um mundo unipolar, de políticas unilaterais e imperialistas que tinham como único objetivo o estabelecimento irrefutável da hegemonia estadunidense sobre o mundo.

A convicção arrogante de que o país é um poder hegemônico que deve ordenar mundo (principalmente quando vendo seus amplos, ambíguos e instrumentais “interesses nacionais” ameaçados) foi a base da política externa estadunidense, mas que ainda precisava de aliados.

Dias antes da invasão, os EUA organizaram o ensaio de legitimação para a sua decisão unilateral e imperialista com a Cimeira dos Açores, realizada em 16 de março, em que se reuniu com os então primeiros-ministros Tony Blair (Reino Unido) e José María Aznar (Espanha), por exemplo.

No dia seguinte, Bush deu um “ultimatum” para que o presidente iraquiano Saddam Hussein e sua família deixassem o Iraque em 48 horas. Não correspondido, com o final do prazo o então presidente anunciou que iniciaria ataques aéreos e que enviaria 250.000 soldados ao Iraque, o que aconteceu gradualmente.

Depois de votarem contra a resolução de guerra levada pelos EUA ao Conselho de Segurança da ONU, a França e outros países europeus viram-se ameaçados pela afirmação de Bush, ainda nos Açores (quando já previa uma guerra), de que aquele seria “o momento da verdade”.

O apoio do Reino Unido (o principal aliado dos EUA então) custou caro politicamente para o então primeiro-ministro Tony Blair, que além de contrariar os protestos da população civil, contrariou também o seu próprio Partido Trabalhista: cerca de 160 dos seus parlamentares haviam votado contra a iniciativa do governo de juntar-se à guerra dos EUA.

Já há uma série de estatísticas e avaliações, em relatórios complexos, discursos e avaliações de políticas de Estado, mas ainda nenhuma explicação plausível para a Guerra no Iraque, iniciada unilateralmente e de forma ilegal há exatos 10 anos pelos Estados Unidos contra aquele país. 

De 2001 a 2013, neste novo século já iniciado por uma política internacional dominada pelo imperialismo estadunidense (através da instrumental “guerra contra o terror” que criou raízes no imaginário norte-americano e, depois, de seus aliados europeus), os EUA gastaram ou comprometeram-se com obrigações que somaram 3,1 trilhões de dólares em guerras no Afeganistão, Iraque e Paquistão. O custo total é ainda mais alto quando considerados os gastos relacionados com a guerra no Departamento de Segurança Interna, e se calculados os juros dos empréstimos feitos para pagar pelas guerras.

A motivação declarada em diversos discursos era a suposta existência de armas de destruição em massa, para começar, depois a “guerra contra o terror”, e também a derrubada de um “ditador”, na figura odiada pelo então presidente dos EUA, a do presidente Saddam Hussein. 

“Comemorações” na mídia

Jornais como The New York Times, nesta “comemoração” dos 10 anos desde a invasão, publicaram infográficos sobre as mortes relacionadas à guerra, separando-as por “forças americanas”, “forças de outras coalizões”, “forças iraquianas”. Ficam faltando os civis, porém, as maiores vítimas.

Ainda, há separações por causas, como “fogo amigo”, “fogo inimigo”, “ataque suicida”, entre outras, e há inclusive uma categoria que mereceria análise, pois aglomera as causas “não hostil/acidental/suicídio”.

Oficialmente, para os EUA, a guerra terminou no dia 15 de dezembro de 2011, de acordo com anúncios do presidente Barack Obama, desde a sua primeira vitória eleitoral, em 2008. Foi quando as últimas forças estadunidenses (especificamente, as engajadas em combate direto com os iraquianos) foram retiradas. Entre 2003 e 2012, no total, contabiliza-se a morte de 4.480 soldados, mas as consequências afetam milhões de pessoas nos EUA indiretamente, e incluem também a invalidez de vários ex-combatentes e o stress pós-traumático diagnosticado em grande parte deles.

O aniversário da invasão do Iraque resultou em numerosos documentos, relatórios, declarações e matérias de jornal, como a do New York Times, que se propôs a publicar uma série com as declarações de soldados que estiveram na guerra, contando como isso mudou as suas vidas.

Provavelmente, porém, a semana de “eventos comemorativos” terminará antes que jornais como este possam ouvir “como a guerra afetou as vidas” não dos soldados, mas da população civil do país invadido.

O escritor norte-americano David Swanson, em seu relatório “A guerra do Iraque entre os piores eventos do Mundo” (Iraq’s War Among the World’s Worst Events, ainda sem tradução para o português) lembrou também dos 22 anos da Operação Tempestade no Deserto (ou da Guerra do Golfo, de 1990), que precedeu a “Operação Libertação do Iraque” (cuja sigla em inglês é OIL, em alusão ao interesse dos EUA pela região, o petróleo, segundo Swanson), também chamada de Segunda Guerra do Golfo.

Impacto real da Guerra (dos EUA) no Iraque

Neste 20 de março de 2013, porém, para a população invadida, não há muito para comemorar, apesar da “retirada” oficial das tropas invasoras ter sido anunciada há dois anos. O governo atual do primeiro-ministro Nouri al-Maliki (praticamente instalado pelos EUA) tem sido acusado pela população civil de autoritarismo, de patrocinar execuções sumárias, prisões arbitrárias, tortura e estupro, de acordo com uma matéria da emissora árabe Al-Jazeera.

De acordo com números que Swanson recolheu de vários informes, o Iraque perdeu cerca de 1,4 milhões de vidas como resultado da OIL, o que representou 5% da sua população. Esta cifra não chega a se comparar às perdas sofridas pela França (1%) e dos EUA (0,3%), por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial.

As mortes de estadunidenses nesta guerra não chegam a representar 0,3% das mortes totais, o que pode ser explicado, para começar, com o hábito dos EUA de invadir e agredir diretamente países que ficam longe da sua vizinhança, quase como um “plano estratégico” perfeito, para além de instrumental, dados os seus interesses políticos e econômicos na região onde mais tem investido militarmente: o Oriente Médio.

Como se já não bastasse, lembra Swanson, também resultaram da OIL cerca de 4 milhões de feridos e 4,5 milhões de refugiados, que tiveram de fugir não só para os países vizinhos como também para outras regiões.

Além disso, de acordo com a base de dados sueca do Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri, da sigla em inglês), há também entre 2,3 milhões e 2,6 milhões de pessoas que foram forçadas a deslocar-se internamente (por isso, não são contadas como refugiadas), número reduzido a 1,3 milhão pelas estimativas da ONU, que só contabiliza os que foram inscritos pelas autoridades iraquianas desde 2006.

Os custos materiais também não escaparam de maior análise. Para além da infraestrutura atual, a Unesco também denunciou a destruição de sítios arqueológicos e outros patrimônios históricos de extrema importância, como é de costume em guerras tão devastadoras. Em artigo publicado na Folha de S.Paulo na véspera deste aniversário, nesta terça-feira (19), o especialista em estudos árabes e islâmicos Paulo Daniel Farah também menciona os danos ao patrimônio cultural do Iraque, que se situa na antiga Mesopotâmia.

Farah lembra que, “referência cultural nos anos 1970, o Iraque abriga milhares de sítios arqueológicos que foram submetidos à pilhagem e ao contrabando, junto com toda uma memória coletiva humana.”

Ainda antes disso, desde o embargo imposto ao país em 1990, que começou com a Resolução 661 do Conselho de Segurança da ONU (adotada naquele mesmo ano), houve “saques sistemáticos e organizados ao patrimônio material iraquiano que colocam em risco grave a história da humanidade”, afirma Farah.

A invasão iniciada em 2003, entretanto, só agravou a vulnerabilidade a esses saques. ”Menos de duas semanas após a invasão norte-americana, muitas dessas obras já se encontravam nos Estados Unidos e na Europa”, como afirma o arqueólogo sírio Ahmad Serrie, citado por Farah.

Performances e custos da guerra 

A invasão de 2003 incluiu, de acordo com Swanson, 29.200 ataques aéreos, fora os 3.900 realizados nos oito anos seguintes. As forças militares estadunidenses tiveram em seus alvos tanto civis quanto jornalistas, hospitais e ambulâncias.

Além disso, como já denunciado por várias organizações internacionais, o exército dos EUA também fez uso do que se pode chamar de “armas de destruição em massa”, como as bombas de racimo, fósforo branco, urânio empobrecido e um novo tipo de napalm (substância que também usou na sua Guerra contra o Vietnã, na década de 1970), em áreas urbanas densamente habitadas.

Mais de um desses recursos já são proibidos por convenções internacionais, e o seu uso configura “crimes de guerra” e até “crimes contra a humanidade”, sob o direito internacional humanitário. Mas isso não preocupa os Estados Unidos, pois não seria a primeira nem a última vez.

O resultado, como também já conhecido de outras guerras, foi o aumento das taxas de câncer, de mortalidade infantil, entre outras. As fontes de água, as plantas de tratamento de esgoto, hospitais, pontes e plantas de energia elétrica foram devastadas, e a maior parte continua sem conserto.

Ainda antes da guerra iniciada em 2003, uma guerra econômica contra o país já havia deteriorado o sistema de saúde e nutrição, como relembra Swanson, “através das mais abrangentes sanções econômicas já impostas na história moderna.”

Não é difícil também para os analistas econômicos encontrarem indícios de uma intencionalidade comercial da guerra empreendida pelos EUA, não só pelo tema do complexo industrial-militar, que encontra terreno bastante fértil para ser desenvolvido, como também pelos esforços de “reconstrução” do Iraque, que garantiram contratos milionários com construtoras.

Reconstrução do Iraque

Ainda assim, Swanson afirma que o dinheiro gasto pelos Estados Unidos na “reconstrução” era sempre menos de 10% do que era gasto com a destruição, e a maior parte nunca foi realmente posta em uso construtivo. Ao menos um terço foi gasto em “segurança”, enquanto muito do resto foi gasto em corrupção pelos militares e funcionários dos EUA.

Em uma análise do fator social, ainda, o jornalista lembra que os iraquianos que poderiam ajudar na reconstrução do país tiveram de fugir durante a guerra. O Iraque tinha as melhores universidades da Ásia ocidental durante a década de 1990, mas agora é um expoente do analfabetismo, com uma população de professores, em Bagdá, reduzida em 80%.

Contribuindo para a instabilidade e os conflitos internos, durante anos as forças ocupantes fragmentaram a sociedade, encorajando a violência e a divisão étnica e sectária, como dita o costume dos impérios coloniais e modernos. Diversos cientistas políticos já identificaram esforços concretos neste sentido.

Swanson afirma ainda que “enquanto a dramática escalada da violência” esperada com a retirada dos EUA não se realizou, o Iraque ainda tem de lidar com a instabilidade interna, as tensões regionais e, claro, o ressentimento generalizado contra os estadunidenses, exatamente o oposto do que os EUA declararam como objetivo para tornar o país mais seguro.

“Se os EUA tivessem pegado os 5 trilhões de dólares e, ao invés de destruir o Iraque, tivessem escolhido fazer algo bom com isso, em casa ou no exterior, imagine as possibilidades”, diz Swanson, que lembra que a ONU teria declarado, por exemplo, que 30 bilhões de dólares por ano acabariam com a fome no mundo.

Mesmo assim, a Casa Branca também publicou seu próprio infográfico, onde figuram, é claro, as “promessas cumpridas” com relação à guerra. Obama caracterizou o fim de uma “missão de combate” em setembro de 2011, com a remoção de 100.000 soldados, de acordo com um acordo assinado em 2008, entre os EUA e o Iraque (“Acordo sobre o status das Forças estadunidenses e iraquianas”).

Entretanto, isso não pressupôs, na verdade, a retirada total das tropas, que seguem presentes ainda que sob um mandato diferente, como os já conhecidos treinamentos das forças de segurança iraquianas. Para objetores estadunidenses, ainda, as tropas que continuaram no país servem também para apoiar o governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, em mais uma intervenção política de bastidores, outra especialidade dos EUA.

Segundo a Casa Branca, o objetivo é encontrar uma forma de “acabar responsavelmente” com a guerra. Entretanto, talvez o plano devesse ser, daqui para frente, como “responsavelmente manter-se fora dela”, ou como respeitar a soberania alheia.

A estratégia frequente de divisões sectárias e a instigação da violência supostamente baseada em diferenças identitárias (portanto, diferenças culturais instrumentalizadas de acordo com objetivos políticos) também foi posta em prática pelos EUA de Bush durante a sua invasão.

Depois, restou ao presidente Obama a tarefa igualmente assentada na ingerência de telefonar ao governo iraquiano para apelar para um governo de unidade nacional, mais especificamente pedindo ao presidente que se demitisse para dar lugar a um novo candidato que os EUA já tinham nomeado. A alternativa seria aceitar a presença de tropas estadunidenses por mais tempo, e apesar de ambas as “opções” terem sido negadas, assim é a situação atual do Iraque.

Fonte: PortalVermelho

 

53 comentários sobre “Invasão do Iraque pelos EUA completa 10 anos de impunidade

  1. Pedro Faria Silva 20/03/2013 / 15:54

    É um absurdo pensar que uma guerra dessas proporções tenha sido realizada de forma tão arbitrária e sem nenhum fundamento lógico ou razoável, temos que ver que a política Bush era terrível para todo o cenário mundial, uma vez que aterrorizava países com ameaças de guerras ou no caso do Iraque a guerra em si. O motivo colocado como “Guerra ao Terror” é uma das coisas mais patéticas que já se viu, uma vez que durante toda a ocupação ao Iraque, não se há registro de terem achado nada perto de armas nucleares de destruição em massa. Os Estados Unidos desde muito tempo tentam controlar o mundo, se colocando em conflitos que não são seus, e buscando deste modo mostrar todo seu poder militar e político, uma vez que mesmo que contrariado por outros importantes países como no caso da Guerra do Iraque, não se importou e prosseguiu do mesmo modo.
    Além de provocar uma guerra sem menor cabimento o mais impressionante é perceber a falta de pensamento humanitário dos Estados Unidos, tendo deixado o Iraque em estado catastrófico pós guerra. Mesmo tendo tentado reconstruir uma parte(em seus próprios interesses, vale ressaltar), não se compara a destruição causada e demonstra totalmente o egoismo e a política do “mais forte” colocada pelos EUA, uma vez que mais uma vez eles se colocaram em um conflito desnecessário e acabaram por deixar onde se meteram em uma situação muito pior de que quando chegaram. Levando a pensar se não é hora de algo mais drástico ser feito para evitar que esse tipo de coisa continue acontecendo e para colocar os EUA em um lugar que ele respeito os outros países da forma como os outros países o respeitam.

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    • Hana Ramos Khalil Lebbos 30/09/2014 / 20:36

      Todos esses anos de guerra e conflitos entre os Estados Unidos e Iraque, mostra a ganância e soberania vertical dos Estados Unidos em relação a países menores e inferiores economicamente. Visto que no plano externo, a soberania implica independência de um Estado. H’a também uma igualdade soberana segundo a qual, um Estado não pode ser formalmente superior a outro, pressupondo uma sociedade horizontal, ou seja, um pais doutrinariamente falando não pode ser considerado superior a outro pais. O Estado não reconhece qualquer autoridade superior que lhe defina obrigações, direitos e competencias. Os Estados se relacionam no mesmo plano criando, através de negociações voluntárias as normas (tratados). Por isso a sociedade internacional e descentralizada e horizontal. Seu sistema coercitivo e fraco, pois depende muito de relações políticas. Os Estados Unidos em contra partida se mostra superior em certas atitudes tomadas internacionalmente, como por exemplo a citação no artigo acima da decisão tomada pelo presidente George W. Bush, que foi uma decisão unilateral e ilegal, e não sofreu consequências. Por isso, ele conseguiu manter por anos a fio uma guerra imperialista que custou milhões de vidas aos iraquianos, cometendo crimes contra a humanidade até hoje impunes. Invadiram violentamente o Iraque, dando início a uma guerra violenta que durou quase nove anos e assolou um país já desprovido de paz. Mas o que agrava a situação ‘e que por trás do falso discurso de levar a democracia a um país que nunca a conheceu, e de “combater” o terror, nos bastidores desse circo, contudo, havia interesse de Washington em controlar o petróleo iraquiano e o domínio estratégico do Oriente Médio.
      Portanto, percebe-se ai, a ruptura do Direito Internacional Publico em relação ao Sistema internacional que diz que um Estado não pode ser formalmente superior a outro, em relação a decisão unilateral e ilegal de George W. Bush.

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  2. Fernanda Caroline da Silva Pinto Lara 22/03/2013 / 16:32

    Saddam Hussein terminou enforcado, a guerra acabou, as tropas americanas voltaram para o seu “lar-doce-lar”, e o que restou da “grande potência armamentista – Iraque”?
    Quantos foram mortos, quantos foram feridos, quantos quedaram viúvos, órfãos, doentes, com sequelas?
    Chega-se à pergunta: e onde estava a ONU? De que serviram seus pareceres?
    Todo o mundo já sabe que nunca houve armas químicas ou biológicas de destruição em massa.
    Tudo em nome do petróleo…
    Os norte-americanos destruíram toda a organização social e estatal iraquiana. Fomentaram divisões sectárias, religiosas e étnicas. Implementaram um regime político da sua conveniência, inteiramente corrompido…
    Criaram um sistema prisional baseado em detenções sistemáticas, sem acusação e sem julgamento, que dizer do contraditório, fundados na tortura e na pena de morte. Criaram um regime de terror que liquidou centenas de professores, médicos, cientistas, artistas, jornalistas. Uma vez mais, estes fatos são confirmados por organizações independentes de direitos humanos.
    Mas a realidade iraquiana está tão alheia à nossa que simplesmente não nos indignamos, nem se inflama o nosso senso de clamor por justiça. Além disso, quem pode deter a “Grande Potência” e sua ganância?

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  3. Elisa Mata Machado de Alkmim Bredt 24/03/2013 / 10:24

    A invasão do Iraque pelas tropas americanas é um dos maiores absurdos da nossa era moderna devido ao desrespeito aos direitos humanos e às normas e princípios do direito internacional. O direito internacional se desenvolveu com base num ponto de importância indiscutível: a soberania dos Estados e decorrente dela a igualdade soberana dos Estados, determinada na Paz de Westphalia. Além do aspecto da soberania dos Estados, a Paz de Westphalia determinou também a não intervenção nos assuntos internos de outros países. A guerra do Iraque tem sido mais um exemplo de desrespeito pela soberania alheia e pior, tem sido um exemplo de paralisação internacional por parte dos Estados não envolvidos e da ONU no que diz respeito às sanções que deveriam ser impostas aos EUA por suas ações desumanas dentro do território iraquiano. Por volta de 1625 Hugo Grócio desenvolveu sua ideia de que nem tudo pode ser válido na guerra, a guerra não é um abonador de atrocidades. A ideia de Grócio se funda no jus a bello e no jus in bello. O jus a bello trata do direito de se fazer uma guerra, uma guerra justa é a guerra feita com o escopo de garantir a soberania de um Estado e a guerra injusta é a guerra que ofende a soberania de um Estado e a meu ver, os EUA realizaram e realizam uma guerra injusta no Iraque. Já o jus in bello trata do que se pode ou não fazer em uma guerra, é no jus in bello que se tem a proteção pelos direitos humanos, a inibição de holocaustos, crimes de guerra e outras atrocidades cometidas em cenários irracionais como este. É fácil notar que os EUA não respeitou nem o jus a bello e muito menos o jus in bello. Mas o mais impressionante é a forma pacífica e silenciosa que o mundo aceita as atrocidades gritantes cometidas nesta guerra injusta que perdura por 10 anos injustificados e cujo motivo é torpe. A guerra do Iraque deixará cicatrizes profundas no povo iraquiano e em seu Estado e sem duvida uma imagem de passividade e impotência dos demais Estados e das organizações internacionais no que diz respeito à punição de grandes potências.

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  4. elise vaz de lima 25/03/2013 / 22:06

    O que vemos por todos esses 10 anos de guerra foi uma demonstração de como estamos à mercê de um país que se considera o xerife do mundo. Toda a destruição de uma nação respaldada por uma política de “guerra ao terror”, fomentada por propagandas governamentais sensacionalistas e manipuladoras culminaram na quase extinção de um país e sua história, bem como seu povo. Milhares de inocentes assassinados, torturados, retirados de seus lares e obrigados a mudar-se para outro local, sem o mínimo de auxilio, entre outros desrespeitos. E tudo para provar quem são “os melhores e soberanos”, desrespeitando até mesmo as indicações da ONU, que, diga-se de passagem, possui sede nos Estados Unidos e no meu ver atua como mero fantoche. Em vista de todo esse processo, devemos apenas suplicar para que nenhum vestígio de armas de destruição em massa seja encontrado no Brasil, pois corremos um grande risco de entrar na lista de conquistas desse país imperialista e prepotente.

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  5. Luísa Moysés Fernandes 26/03/2013 / 0:03

    Não é de hoje que os Estados Unidos veem tentando manter seu poderio e sua hegemonia mundial a todo custo. Prova disso, foi e ainda é a politica imperialista aplicada aos país latino-americanos, assim como a guerra no Afeganistão, visando o petróleo. Quanto à guerra do Iraque, os Estados Unidos com seu escuso discurso de luta contra as más intenções não apenas do Iraque, mas do mundo islâmico como um todo, gerou milhões de mortes, um país destruído, desestruturado, violento, pobre e com grandes índices de analfabetismo e de traumas. Como a própria reportagem constata, não foram poucos os setores atingidos por uma guerra, que na realidade, apenas buscava um enriquecimento a qualquer preço e a primazia dos interesses econômicos de um país aparentemente inescrupuloso. A guerra nada mais foi do que uma continuidade de interesses antigos, desde a crise do petróleo nos anos 70 e da Guerra entre Irã e Iraque, quando a dependência enérgica dos Estados Unidos frente aos países islâmicos foi se tornando maior. Com a declaração do fim da guerra feita pelo presidente Obama, mais uma vez o país subestima o resto do mundo, objetivando nos fazer acreditar que não mais mantém poderio sobre o novo governo instituído no Iraque. Assim, a conclusão mais logica de todo o ocorrido é de que torna-se cada vez mais visível que essa tentativa sem limites de submeter o resto do mundo às suas ideias e à sua forca, não seja nada além do que um indício de que os Estados Unidos não é mais um país tão hegemônico assim.

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  6. Paulo Lacerda Bogado 26/03/2013 / 0:13

    Passados 10 anos de uma invasão que fora anunciada como pontual, deixam muitos questionamentos morais em aberto. Qual a legitimidade dos EUA para uma intervenção de tamanha duração? Seriam o desenvolvimento de armas de destruição em massa? A democracia inexistente ou um ditador que sempre foi a pedra no sapato do governo norte-americano desde a guerra do Kuait?

    Todas essas respostas passam pelo crivo da moral americana, que contamina seus correligionários e os leva a acreditar que estão trabalhando pelo bem maior da humanidade e de seu amado e incontestável país. Apesar das promessas de Obama terem sido cumpridas e a grande maioria das troas terem sido retiradas do país, o enfoque da discussão não termina por aí, já que o país vizinho, Síria, também é alvo do interesse norte-americano, de maneira que não abandona as proximidades da região iraquiana.

    Mais uma vez, quem paga o pato são os jovens americanos seduzidos pelo ideal norte-americano de liberdade e de necessidade de se comprovar que o país tem o dever de implantar a democracia nos países desprovidos dela, mesmo que essa justificativa seja facilmente discutível em face dos notórios interesses secundários em áreas camufladas pelo discurso do governantes yankees.

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  7. Laryssa Ladeira Vieira 26/03/2013 / 0:40

    Após decorridos 10 anos da invasão do Iraque pelos EUA muitos autores ainda questionam qual teria sido a verdadeira motivação para o início de fato da ofensiva militar americana em face do país governado pelo ditador Sadam. Nesse sentido existem aqueles que acreditam que “não existe ainda nenhuma explicação plausível para a Guerra no Iraque, iniciada unilateralmente e de forma ilegal há exatos 10 anos pelos EUA”. Verdadeiramente essa é a conclusão mais razoável a que poderíamos chegar, se baseada nossas conclusões nas informações superficiais normalmente veiculadas nos meios de comunicação, que por algum motivo escuso se limitam a reproduzir informações sem realizar uma análise panorâmica da situação.
    Ocorre que a teoria que sustenta que o EUA invadiram o Iraque simplesmente para impor sua hegemonia pelo mundo e para expandir sua doutrina imperialista é um tanto quanto ingênua e ultrapassada. Obviamente que esses fatores foram mais um de tantos outros, que somados, legitimaram a ação militar americana no Iraque.
    Entretanto, mais que uma atitude imperialista e de expansão do poder, talvez a questão possa ter um viés econômico muito mais expressivo e significativo para iniciar todo o conflito, do que necessariamente o ódio do presidente norte americano por Sadam, ou sua sede de vingança ou até mesmo o falso artifício de levar a democracia para aquele país.
    Se analisarmos a partir da atualidade para dez anos passados, fica fácil perceber, diante de todos os fatos que presenciamos, ao longo da década, que o início da Guerra se resumiu muito mais em uma alternativa para fomentar a economia americana do que propriamente um ato militar ou patriota. Ocorre que já há alguns anos a economia americana já não mais possuía capacidade de crescer e absorver todas as demandas do mercado, em resumo, a economia estava estagnada. As taxas de desemprego começavam a crescer, assim como crescia o endividamento dos cidadão que não possuíam recursos para pagar seus financiamentos. Além disso, medidas políticas não geravam o efeito esperado. Logo, a maneira mais rápida de aquecer a economia é fazendo a Guerra. Foi assim durante a 1º Guerra Mundial, e particularmente na 2º, em que os EUA além de terem movimentado a indústria bélica para destruir parte da Europa, abrigo dos então inimigos depois a reconstruíram, com suas empreiteiras e seus empréstimos. Foi assim também em Hiroshima e Nagasaki. Foi assim no Afeganistão e foi assim no Iraque.
    Prova disso tudo foi a crise econômica que mais tarde se anunciou nos EUA (quem nem mesmo a guerra foi capaz de salvar a economia) que abalou a economia mundial, com a explosão da bolha imobiliária, a alta taxa de desemprego, o corte do rafting de vários bancos norte americanos bem como a quebra de inúmeras multinacionais.

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  8. Isabela Leopoldino 26/03/2013 / 2:58

    Os EUA, mais uma vez demonstram seu poder e tecnologia ao mundo. A invasão do Iraque pelas tropas americanas que não respeitaram a autonomia do país, gerou uma crise de difícil solução. A identidade do país foi perdida no meio da destruição causada pela utilização de armas de destruição em massa. Não bastasse o sofrimento causado pela sanções econômicas, o país ainda sofreu a destruição de seus bens naturais, o que deteriorou a saúde da população. O investimento utilizado para a fabricação de armas com tecnologia de ponta, deveria ter sido utilizado para controlar e fome e proporcionar educação a população, o que por conseqüência, inibiria a pratica de terrorismo. Os EUA se retiram do país deixando-o com um governo frágil, incapaz de reerguer o pais sozinho. Com isto, verifica-se que o domínio físico dos EUA no país terminou, mas ainda pode ser observado resquícios do domínio pela interdependência criada. A guerra no Iraque gerou perda para ambos os lados, mais a perda maior ficou com o Iraque, pois a geração futura enfrentará as conseqüências da guerra, na saúde, patrimônio e cultura.

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  9. Priscila Feitosa Teixeira 26/03/2013 / 17:53

    Os Estados Unidos entre 1981 e 2001 forneceram cerca de 50% das importações de armas de Saddam Hussein. A dívida de Saddam aos americanos atingiu entre o período 1988-1998 um montante de mais ou menos oito bilhões de dólares.
    A Invasão do Iraque em 2003 iniciou-se a através de uma aliança entre os Estados Unidos, Reino Unido e muitas outras nações, numa aliança conhecida como a Coalizão.
    Dizem que a guerra começou pois a Coalizão acreditava que o Iraque produzia armas de destruição biológica e caseira em massa, contudo as mesmas nunca foram encontradas pelas forças de ocupação.
    Países como França, China, Alemanha e Rússia e o Conselho de Segurança das Nações Unidas opuseram-se à Guerra de 2003. Inclusive o Chanceler da Alemanha só ganhou as eleições de 2002 por ter uma posição contraria à guerra.
    Em 2004 Bush dissolveu o governo do partido Ba’ath, depondo o presidente Saddam Hussein.
    Grande parte da infra-estrutura do país foi destruída e foram contabilizados cerca de 140,000 mortos iraquianos, militares e civis.
    Os americanos transferiram o poder para um novo governo liderado pelo primeiro-ministro Iyad Allawi, a subida ao poder dos clérigos religiosos teve diversos efeitos colaterais, dentre os quais, a perseguição a Cristãos e outras minorias religiosas.
    Difícil é pensarmos que toda essa destruição e guerra aconteceu em virtude de meras suposições de outras nações, principalmente os EUA, que se consideram o centro do mundo.

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  10. Ana Luiza Barbato Cunha 26/03/2013 / 22:11

    Os Estados Unidos, invadiram o Iraque por interesse econômico, sem autorização do Conselho de Segurança, visando o domínio do petróleo existente na região, para que sua produção continue alta e a economia dominando o mundo.
    Oficialmente, a guerra teve fim em Dezembro de 2011, pelo presidente Barack Obama, que deu ordem para que as últimas tropas saíssem do país. No entanto, a guerra não teve fim até hoje.
    Para os combatentes que sobreviveram, a guerra tornou-se assombração cotidiana pois muitos ficaram invalidados e grande maioria sofre de stress pós- traumático após violentos combates. Já para o Iraque, o efeito remanescente mais significativo é um governo que patrocina execuções sumárias, prisões arbitrárias, furtos e estupros.
    O desastre foi tão grande que o número de Iraquianos mortos foi muito maior do que o número de soldados perdidos pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Além das mortes, a violência foi encorajada, a infraestrutura do país foi destruída, prejudicando o sistema de saúde, sistema de educação, nutrição, fontes de água, esgoto e principalmente o patrimônio histórico, que é muito farto de sítios arqueológicos.
    Com isso, não é possível compreender como um país se dispõe a gastar tanto dinheiro em uma guerra, sendo que o mesmo valor poderia salvar milhões de vidas e solucionar muitos problemas ao redor do mundo. A incoerência é enorme, mas apenas comprova como um país ávido por poder e soberania pode quebrar as regras internacionais para se prevalecer e fortalecer economicamente.
    Além dos efeitos de conflitos armados serem de longo prazo, o prejuízo causado na população, no território e na comunidade internacional é enorme e leva anos para ser reconstruído, não dependendo apenas de contribuição financeira, mas de muito auxílio social. Desta forma, conflitos armados devem ocorrer em extrema necessidade e em último caso.

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  11. Eduardo Siqueria Tarqüínio 27/03/2013 / 11:54

    Como de habitual, os EUA se travestiu de super-herói do planeta e cunhou um discurso maniqueísta para se valer de suas pretensões escusas. Desrespeitou o veto da ONU e, se valendo de um pretexto nada convincente, deflagrou uma guerra ilegal contra uma nação insignificante diante da potência bélica e econômica estadunidense. Quem se colocaria entre o predador e a presa? Quem estaria disposto a correr os riscos de sofrer as sanções econômicas e ser considerado inimigo da “América”? Diante desse contexto o defensor da democracia, liberdade e direitos humanos deu início ao se exercício rotineiro de hipocrisia. Tanto se discursou a “Guerra ao Terror”, entretanto, o terror estava do lado oposto. Como um rolo compressor, Uncle Sam passou por cima do Iraque e cometeu atrocidades contra a população civil. O iraque sofreu com o desrespeito aos direitos humanos, que se tornou de conhecimento mundial com as fotos de tortura e abuso de prisioneiros cometida por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib. Saddam Hussain foi condenado pelo alto tribunal penal iraquiano à morte por ter cometido crimes contra a humanidade. Porém, os EUA fez o uso de armas que são consideradas de destruição em massa, sendo que alguns dos recursos utilzados são considerados de crime de guerra e até crime contra a humanidade. Um tanto quanto irônico, não? Os estadunidenses fizeram o uso de fósforo branco, que entra em autocombustão e causa queimaduras terríveis, além de intoxicação. Também foi utilizado urânio empocrecido, que pode causar  câncer, danos renais e outros danos à saúde. A hipocrisia americana fica bem clara. Todavia, esses crimes continuarão impunes, uma vez que, por enquanto, os EUA ainda não pode ser confrontado sem que as consequências sejam desastrosas. 

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  12. Júlia Bianchini S. Freitas 27/03/2013 / 14:30

    O Direito Internacional, inicialmente, surgiu para tratar das primeiras relações entre Estados no plano internacional, que tinham um caráter eminentemente militar. Com o passar dos anos a humanidade percebeu que já não cabia mais, como solução para seus conflitos, os grandes eventos bélicos que deixaram marcas eternas de destruição em todos que neles participaram. Com isso, o Direito Internacional passou a abarcar importantes preceitos humanitários. A invasão do território iraquiano pelas tropas americanas desde 2003 traz novamente à tona a questão da intervenção de um país sobre o outro, já que a soberania e o direito de autodeterminação dos povos se encontram ameaçados em face da ingerência de potências mundiais sobre outros países. Vale ressaltar que, apesar de sua constante atuação em busca de soluções parar os conflitos internacionais, as Nações Unidas não são garantia de paz mundial, mas, com certeza, representam um importante meio diplomático de comunicação entre os Estados. As organizações internacionais têm um relevante papel na garantia do respeito ao Direito Internacional Humanitário, principalmente nos casos em que países adotam políticas intervencionistas sobre outros, as quais abrem um precedente para que outros países também passem a agir desse modo. Conclui-se que a decisão adotada pelos EUA para empreender uma ação militar no Iraque, sem autorização do Conselho de Segurança, contribui seriamente para a ruína de importantes regras de Direito Internacional. Porém, quem se atreve a enfrentar a superpotência americana?

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  13. Matheus Carnaval 29/03/2013 / 11:42

    A invasão norte americana em território iraquiano é a prova mais óbvia de que o direito internacional ainda não é um bloco jurídico consolidado. O que os EUA fizeram foi totalmente ilegal e fundado em motivos especulativos. Punir alguém baseando-se em razões não comprovadas é algo extremamente repudiado em qualquer ordenamento jurídico evoluído. Pior ainda é ver que o motivos, além de serem injustificados no princípio do ação, continuaram sem justificativa ao término da operação, uma vez que nunca foi comprovada ligações entre Hussein e grupos terroristas nem a presença de armas de destruição massiva em território iraquiano.
    O mínimo qu se esperava, então, era uma sanção pesada para os EUA, uma vez que o mesmo é sginatário de tratados, acordos etc que vedam expressamente as atitudes tomadas nessa guerra. Entretanto, mesmo se houvesse uma punição de algum órgão internacional, como esperar que ela venha a se concretizar em um país cujo poderio econômico e militar é o maior do mundo? Simplesmente não dá. Os EUA sabem e usufruem dessa posição favorecida que possuem; sabem que nenhuma potência cortará laços econômicos com eles ou declarará guerra caso não cumpram as sanções impostas. E o motivo é exatamente o preço ser muito alto, não compensando a concretização de uma norma internacional. Essa situação toda revela que a relação entre os Estados no cenário internacional não é equitativa, existe sim uma hierarquia de poder, onde os mais fortes se aproveitam do silêncio dos mais fracos.
    O direito internacional público ainda depende muito dos jogos políticos para ser aplicado, não sendo necessariamente então um bloco jurídico consolidado. Caminha lentamente ao equilíbrio, dependendo, ainda assim, da boa vontade de seus participantes.

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  14. Valério Mascarenhas Ribeiro de Araújo 30/03/2013 / 17:18

    Apesar dos grandes avanços alcançados pelas organizações internacionais ao longo do século XX, é inegável que o grau de desenvolvimento civilizatório da sociedade internacional ainda encontra-se em nível bastante rudimentar. Uma vez que o Direito é o reflexo de uma sociedade, seria ingenuidade exigir-se do ordenamento jurídico internacional nível diverso. A impunidade de grandes potências mundiais que por repetidas vezes infringem as normas do ordenamento jurídico internacional, é apenas um exemplo disto. Entretanto o Direito, como qualquer outra ciência social, deve ser compreendido como um processo. Processo este, que necessariamente demanda tempo para desenvolver-se. Seria leviano de nossa parte considerar que os insucessos de nosso incipiente direito internacional sejam motivo suficiente para uma total descrença neste sistema. É preciso reconhecer sim, que muito já foi feito, ainda que haja muito por fazer. A sociedade internacional é hoje, muito mais harmônica do que jamais foi durante toda a história da humanidade, as normas internacionais são sim, respeitadas na esmagadora maioria das vezes. Cautela é imprescindível na análise dos eventuais problemas vinculados ao direito internacional, afinal este é um ramo eminentemente político do direito, e suas questões extrapolam o âmbito da técnica que as demais disciplinas jurídicas primam tanto por defender.

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  15. Louise Lopes Santos 31/03/2013 / 16:40

    Isso me lembra uma resposta de Kenneth Neal Waltz, no fórum de discussão Theory Talks (http://www.theory-talks.org), que ao ser perguntado sobre qual era, de acordo com ele, o principal desafio para as Relações Internacionais, respondeu que era como conter e moderar o uso da força militar pelos Estados Unidos. Que esta poderia não ser a única grande questão mas era uma das grandes questões. E nesse contexto ele defende que o único jeito de um país deter um poder dominante como o dos Estados Unidos é desenvolvendo sua própria força nuclear. Finaliza dizendo que quando o presidente Bush classificou alguns países como “Eixo do Mal” – Iraque, Irã e Coréia do Norte e então procedeu à invasão do Iraque, foi uma lição rapidamente aprendida pelo Irã e Coréia do Norte de que se um país quer deter o Estados Unidos, ele deve se equipar com força nuclear.
    Kenneth Neal Waltz escreveu o artigo Why Iran Should Get the Bomb, em que trata de forma mais completa este entendimento.

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  16. Crisieli Bocorni 31/03/2013 / 17:20

    A invasão do Iraque pelos EUA foi justificada (se algo dessa natureza pode ter alguma justificativa!) pela “ameaça” Saddam Hussein. Armou-se a escaramuça de armas de destruição em massa, armas químicas etc. Nada comprovado. A “arrogância” do Governo americano tem outro nome: ganância. O que foi a Guerra do Iraque senão um subterfúgio para a posse da indústria petrolífera? Ou o fortalecimento da indústria bélica americana, bastante afetada pela politica não armamentista de Bill Clinton? E a “reconstrução” do país destruído, com a briga das grandes empreiteiras por uma “fatia do bolo”? O mais preocupante de tudo é que a ONU, pretensa guardiã da paz mundial e o respeito entre as nações, não se manifestou, permitindo o ataque e morte de milhões de inocentes. Nenhuma moção contra o ataque, nenhuma retaliação ao grande e poderoso EUA. Somente uma declaração do Secretário Geral afirmando que a “invasão não estava de acordo com a Carta”. Sinal que a política internacional da ONU é guiada pelo interesse dos poderosos, não dos que necessitam de sua proteção.

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  17. Izabela Souza Albano Felix 31/03/2013 / 21:40

    A comunidade internacional é atualmente regida por tratados e acordos realizados entre os sujeitos do Direito Internacional (os Estados e as Organizações Internacionais – como ONU, FMI). Alguns Estados, por variados fatores (como relevância econômica, potencial bélico, etc.), se encontram em posição de destaque no cenário internacional e são mais influentes e mais poderosos do que outros (que, na maioria das vezes, devem se submeter às decisões injustas do primeiro grupo de países por simples medo das consequências de eventuais medidas que possam ser tomadas contra eles). Os Estados Unidos é a maior potência mundial, sua prosperidade econômica interfere no mercado mundial (como prova temos a recente crise financeira). Todo esse poder e influência foram o principal motivo da impunidade do país diante o massacre injustificado ocorrido no Iraque – e em outros países do Oriente Médio – como também em relação à violação dos vários tratados internacionais que ocorreu ao momento da invasão (mesmo com a oposição e proibição por parte da ONU em relação àquela medida, o Iraque foi invadido). Estamos diante de situação grave, pois os números de iraquianos mortos (que incluem crianças, e famílias inocentes) são absurdos, e os motivos apresentados pelo governo americano (a “Guerra ao Terror”, a posse de armas nucleares por parte do Iraque) não justificam e são infundados.
    Este caso nos indica que mesmo com a tentativa de regulamentação das relações internacionais por um direito internacional coerente e equilibrado (no qual os direitos humanos e a soberania dos Estados ocupam papel principal), o jogo de interesses e de poderes entre as grandes potências mundiais e entre as organizações internacionais ainda prevalece no cenário mundial.

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  18. Conrado de Castro Assunção 31/03/2013 / 22:43

    A invasão e ocupação do Iraque em Março de 2003 não é fato isolado na política geral do imperialismo estadunidense. O imperialismo tornou-se a política de Estado do país desde o início do século, vide a guerra de conquista das Filipinas, que deixou mais de 200 mil filipinos mortos, sob o comando do então presidente Mckinley. Passados mais de cem anos, verifica-se que a política externa dos EUA mudou com relação à sua ambição, ampliada a níveis globais. Trata-se de uma política consistente, fria e deliberada do Estado norte-americano. Há inúmeros documentos oficiais que a descrevem. A política que impera é regulada pela classe dominante do país, protegida por argumentos falaciosos de liberdade e democracia. Com relação ao Iraque, certamente fica claro o desrespeito do país com relação às instituições internacionais como a ONU, que se mostra impotente diante da hegemonia implantada pelo forte imperialismo norte-americano. A invasão do Iraque foi norteada pelo argumento que Saddam Hussein possuía armas químicas que colocavam em perigo a paz mundial, coisa que não foi provada até os dias atuais. Os danos ao povo iraquiano são extremos, com sua população reduzida em 5%, elevação drástica de níveis de analfabetismo no país (que era exemplo em educação), aumento dos casos de câncer etc. A situação atual do Iraque é de instabilidade, regida por um governo instituído de maneira obscura pelos EUA, que, apesar de ter retirado suas tropas do país recentemente, ainda permanece controlando grande parte do cenário político iraquiano.

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  19. Paula de Souza Botelho 31/03/2013 / 23:21

    Há 10 anos os Estados Unidos invadiram o Iraque afirmando que objetivo seria acabar com armas de destruição em massa que existiam no país e ameaçavam a ordem e a paz no Sistema Internacional. Dez anos se passaram e nenhuma dessas armas foi encontrada. O governo de Saddam Hussein caiu em apenas três semanas, entrentanto, a ocupação durou oito anos. O custo humanitário da invasão foi de 190 mil mortos e aproximadamente 2,2 trilhões de dólares em termos financeiros, contrariando aquilo que teria sido proposto por Bush ,uma ocupação rápida e com poucos custos. As tropas americanas deixaram o país em 2011, entretanto, a violência no país tem aumentado a cada dia e a crise no país não possuí previsões de um desfecho.É preocupante a forma que o mundo “aceitou” tamanha crueldade por parte dos EUA, e isso tudo para afirmar sua hegemonia e seu poder diante dos outros países.

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  20. Marcelo Erasmo Pontes 01/04/2013 / 12:47

    Do ponto de vista do realismo, os Estados Unidos queriam mostrar ao mundo que o Iraque era uma ameaça iminente, sendo o motivo dessa ameaça a produção de armas nucleares. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos voltaram-se contra grupos de terroristas , sendo estes os responsáveis por estes ataques às torres gémeas em Nova York. Em vista desses acontecimentos os Estados Unidos em 2003 declaram guerra contra o Iraque, e a alegação para a invasão do Iraque, como citado acima, seria a ameaça que o Iraque proporcionava para eles e para o mundo todo, pois, o Iraque estava produzindo armas de destruição em massa, armas nucleares. Passados vários anos após está invasão, que custou várias vidas e trouxe muito sofrimento para o povo deste país invadido, podemos nos perguntar onde estão as tais armas nucleares que os Estados Unidos alegou ter no Iraque? Será que realmente armas nucleares foram encontradas no Iraque? Parece que este pretexto de armas nucleares no Iraque foi apenas uma criação do governo Bush para legitimar sua guerra contra o Iraque. Mas, o pior de tudo isso foi o sofrimento que essa guerra gerou para os Iraquianos, uma guerra que foi contra tratados de paz, violando os Direitos Humanos( se é que os EUA sabem o que é Direitos Humanos), e no final não se encontou nada nesse país, que hoje, mesmo após a saida do exército americano, continua numa tensão de guerra interna, pois, guerra só gera guerra, e traz com sigo sofrimentos para todos.

    Marcelo Erasmo Pontes, aluno de graduação em direito, 1° Período, pela Universidade Federal de Ouro Preto- Ufop- Minas Gerais.

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  21. Érika Silva Moreira 04/04/2013 / 10:10

    A invasão do Iraque pelos Estados Unidos completa, vergonhosamente, dez anos de impunidade e desrespeito. Impunidade pois foi uma ação mascarada com o intuito de achar e eliminar armas de destruição em massa que supostamente existia no país e colocava em risco toda a ordem mundial, armas que até onde se sabe nunca foram encontradas. E desrespeito pois custou a vida de milhares de pessoas, entre militares e civis, e o emprego de trilhões de dólares. Há os que falam em baixas de vidas amigas e inimigas, como se a segunda legitimasse os crimes contra a humanidade cometidos pelos EUA. É fato que desde o ataque de 11 de setembro de 2001, os EUA vêm utilizando a ameaça terrorista, o medo generalizado e a caçada a esse amigo invisível como legitimador de suas ações. Porém, é incabível aceitar todas as atrocidades cometidas contra a humanidade que possuem como pressuposto a guerra contra esse inimigo altamente perigoso, contudo sem rosto, o terrorista.

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  22. Gabriela Trajano 09/04/2013 / 14:20

    Passados dez anos de invasão, muito se falou mas pouco se fez. A chamada guerra ao terror, pautada em combater o terrorismo combateu senão milhares de vítimas civis, que tinham como única expectativa apenas estar vivo no dia seguinte.
    Quando feitos os questionamentos sobre o porque dessa invasão a justificativa era a perseguição ao mal com o intuito de eliminar supostas armas de destruição em massa. Mas que mal seria este? A religião islâmica ou a intenção escondida de tomar para si um dos lugares mais ricos em petróleo do mundo?
    A impunidade é escancarada pois é de conhecimento mundial que tudo não se passou de uma imposição hegemônica de um Estado e com essa impunidade vem a cobrança de respostas, que nunca são esclarecidas.
    Nos perguntamos: Onde estão tais armas motivadoras da guerra? Qual a legitimidade possui os Estados Unidos para promover esse massacre? E a tão falada reconstrução do Iraque, onde foi parar? E quanto aos tratados de paz violados? Tantas perguntas, mas nenhuma resposta. A única certeza que se tem é de um povo devastado pela moral americana.
    Apesar de se terem dito que a guerra teve seu fim, atualmente, a situação do Iraque é de instabilidade, regido por um governo instituído de maneira obscura pelos EUA, que, apesar de ter retirado suas tropas do país recentemente, ainda continua controlando o cenário político iraquiano.

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  23. Camila Barbosa Ventura 10/04/2013 / 10:42

    Considerando os 10 anos passados desde a invasão, consegue-se, agora, perceber a influência de tais países em uma organização supostamente igualitária, onde as nações deveriam interagir sem formação hirárquica. Porém, mesmo com a idéia inicial de igualdade acerca das soberanias, nota-se que a impunidade acerca das ações que dizimaram populações e acabaram com as chances de reestruturação de muitos locais, abalados com a potência armistícia. Ainda não houve qualquer forma de punição para os que causaram tamanho desastre, muito pelo contrário. O objetivo destes foi alcançado, qual seja: o dominio de uma população e de seus recursos naturais.
    Apesar do fim da guerra, ainda é notável o quanto o povo iraquiano necessita de recursos para o desenvolvimento de uma nova estrutura acima daquela há muito abalada.

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  24. Alcione Silva Sant'Anna - aluna de Direito Internacional Público da Universidade Federal de Ouro Preto 10/04/2013 / 20:53

    A impunidade como forma modelo adotada em relações as políticas imperialistas,bélicas e militares exercidas pelos Estados Unidos da América é um ultraje à soberania dos Estados mundiais.
    O controle de Paz e Segurança mundiais são somente exercidos sobre os demais países do globo,o controle não alcança a política norte-americana.
    É,de fato,demagogia pura e simples dizer que todos os Estados estão sujeitos ao controle de suas ações,visando a paz mundial.
    A impunidade em relação as invasões norte-americanas,escancaram ao mundo a forma-rei de como este Estado é tratado.
    Não se visa uma conduta impeditiva ou punitiva em relação aos EUA,a conduta adotada pelos Organismos de Controle da Paz e Segurança Mundial é permissivista.
    Enquanto isso,o que se vê no Iraque,como nos demais países invadidos,é uma população miserável e dilacerada nos seus direitos mais íntimos,uma população que segue adiante sem referências do que seja soberania estatal e do que seja a proteção da população por seu Estado.

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  25. Sérgio Gomes 20/08/2013 / 10:17

    A guerra feita pelos EUA no Iraque sobre falso pretexto de acabar com as armas de destruição em massa e posteriormente as também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos as quais nunca foram encontras ou comprovadas pelas forças de ocupação, na verdade serviram para comprovar a incapacidade da Organização das Nações Unidas (ONU) de fazer respeitar os postulados de sua própria Carta. Além disso, restou demonstrada a parcialidade a sob a qual está sujeito o Conselho de Segurança, pelo menos nos moldes pelos quais atualmente se encontra estruturado. Enquanto a ONU defendia a tese de que normas de direito internacional e o Conselho de Segurança constituíam a base legal e adequada para a resolução de conflitos internacionais, Bush, ao contrário, defendia de forma veementemente, a intervenção armada decidida unilateralmente por seu país, como o melhor meio para defender as “justas exigências do mundo” dirigidas, na atualidade, ao regime de Saddam Hussein. Diante disso, certamente há, no mínimo, enorme contrassenso no fato de o presidente americano criticar os descumprimentos das resoluções do Conselho de Segurança pelo ditador iraquiano sendo esse outro dos motivos e usar isso com o intuito de justificar a invasão ao país, sem o referendo desse mesmo Conselho.

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  26. Sérgio Gomes 20/08/2013 / 10:28

    A guerra feita pelos EUA no Iraque sobre falso pretexto de acabar com as armas de destruição em massa e posteriormente as também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos as quais nunca foram encontras ou comprovadas pelas forças de ocupação, na verdade serviram para comprovar a incapacidade da Organização das Nações Unidas (ONU) de fazer respeitar os postulados de sua própria Carta. Além disso, restou demonstrada a parcialidade a sob a qual está sujeito o Conselho de Segurança, pelo menos nos moldes pelos quais atualmente se encontra estruturado. Enquanto a ONU defendia a tese de que normas de direito internacional e o Conselho de Segurança constituíam a base legal e adequada para a resolução de conflitos internacionais, Bush, ao contrário, defendia de forma veemente, a intervenção armada decidida unilateralmente por seu país, como o melhor meio para defender as “justas exigências do mundo” dirigidas, na atualidade, contra o regime de Saddam Hussein. Diante disso, certamente há, no mínimo, enorme contrassenso no fato de o presidente americano criticar os descumprimentos das resoluções do Conselho de Segurança pelo ditador iraquiano e usar isso com o intuito de justificar a invasão ao país, sem o referendo desse mesmo Conselho.

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    • AMANDA RESENDE 29/08/2013 / 14:33

      Desde março de 2003, mais de um milhão de iraquianos morreram em conseqüência da guerra. Cinco milhões estão deslocados no interior ou no exterior do país.
      Nos últimos dez anos, as forças militares dos EUA procederam a ataques deliberados contra a população civil e fizeram uso de armas proibidas que devastaram as pessoas e o meio ambiente. Além disso, destruíram toda a organização estatal e social iraquiana.
      A retirada oficial das tropas dos EUA, em final de 2011, não libertou o Iraque. O regime político continua sob a proteção das forças militares norte-americanas, que mantêm 15 mil tropas no terreno.
      E vale ressaltar que o motivo declarado pelos EUA como sendo a razão da invasão ainda hoje não foi comprovado. A própria Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nunca declarou que o Iraque possuía armas de destruição em massa e, sendo assim, dez anos depois, a guerra continua sendo um ato de enganação.
      Uma década depois da invasão, o Iraque tem sido um dos países mais inseguros e violentos do mundo e cenário cotidiano de atentados sangrentos. Quanto aos EUA, estes continuam impunes. Além disso, suas indústrias bélicas foram as que mais se beneficiaram com a guerra.

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  27. will 02/09/2013 / 2:48

    Meu sonho é viver o suficiente, para um dia respirar sem a influência dos EUA. Esse mal mundial tem de acabar. Quando será essa união…

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  28. Tayane de Oliveira Santos 02/09/2013 / 16:08

    Iniciada durante o governo George W. Bush, a guerra contra o Iraque mostrou ao mundo que não há compromisso do Estados Unidos com a ONU e as imposições do seu Conselho de Segurança, o que ficou confirmado pela intervenção forçada que o país norte-americano operou contra o Iraque, cujo desrespeito viola a Carta das Nações Unidas, que consagra em seu artigo 2º, a não intervenção de um Estado em assuntos internos de outro.
    Amparado pelo discurso de que o Iraque era um país que não cumpria as resoluções impostas a ele, os Estados Unidos passou por cima da Resolução 1441 de 2002 que dava a chance ao país iraquiano de cumprir suas sanções, o que de fato ocorreu e houve concordância no cumprimento do que lhe foi imposto, mas que na verdade não faria diferença frente ao desejo dos Estados Unidos de fazer o uso da força.
    Sobre a infundada motivação de combater o terrorismo e promover o desarmamento, os Estados Unidos instalou suas tropas miliares no Iraque ocasionando o terror e a morte de milhões de civis. Um fato histórico absurdo que se torna mais temerário pela impunidade que tem prevalecido até o momento diante da comunidade internacional.

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  29. Carolina Pereira Daldegan 23/09/2013 / 23:06

    Dez anos depois do início da invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos, em março de 2003, o país ainda não conseguiu superar e escalada de violência e as autoridades não convenceram a população de que a democracia é um regime melhor que a ditadura comandada durante décadas por Saddam Hussein.
    Depois de algum modo ter transformado todo o Islã em um inimigo, Washington simplesmente atrelou-se a intermináveis crises, as quais não teve nenhuma chance de vencer. Nesse sentido, o Iraque não foi uma aberração, mas o auge histórico de um modo de pensar que agora está lentamente ruindo.
    Não é difícil também para os analistas econômicos encontrarem indícios de uma intencionalidade comercial da guerra empreendida pelos EUA, não só pelo tema do complexo industrial-militar, que encontra terreno bastante fértil para ser desenvolvido, como também pelos esforços de “reconstrução” do Iraque, que garantiram contratos milionários com construtoras.

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  30. . 24/09/2013 / 10:27

    O Chipre possui um centro financeiro que enfrenta, por causa da crisa econômica mundial recessão, desemprego, aumento da dívida externa e outros fatores que preocupam os governantes daquele país.

    Em detrimento deste fator, os governantes decidiram, por influência da Alemanha, determinar que os correntistas também pagariam uma parte da conta, começando assim o taxamento dos valores existentes na conta bancária dos correntistas.

    Trata-se de um país utilizado por vezes com o intuito de lavagem de dinheiro. Embora que com o intuito de tentar auxiliar na crise existente, tal medida se demonstrou ineficaz, gerando ainda mais crise no país. A intenção era aplicar um imposto sobre todos os depósitos, o que desencadeou uma crise que incluiu primeiro o encerramento dos bancos por duas semanas e depois a criação de limites aos movimentos de capital, os desenvolvimentos na economia e sociedade cipriota passaram a ser previsíveis: sistema bancário debilitado, e pela austeridade imposta, contracção acentuada da economia, fazendo o desemprego a disparar. Assim o que era preocupante ficou ainda mais, e hoje o país vive cercado de incertezas quando ao futuro econômico, e em uma crise que tende a piorar.

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  31. Eduardo N Gonzaga 07/11/2013 / 17:07

    A invasão do Iraque pelos Estado Unidos ocorreu de maneira totalmente arbitrária, sem consentimento do Conselho de Segurança da ONU. O governo norte americano, como lhe é peculiar, abusou de sua força militar e política, e “peitou” até mesmo o Conselho de Segurança, pois, dotada de tanto poder, nenhum poder coercitivo seria páreo para as forcas americanas. Ocorreu a invasão sobre o pretexto de que havia armas nucleares de alto poder de destruição e massa dentro do país, e mesmo depois do aniversário de 10 anos de invasão do país, nada foi comprovado (nenhuma arma sequer foi encontrada).
    As organizações internacionais, que objetivam o trabalho coletivo e harmonico entre os países, para que se possa chegar de maneira mais eficaz e célere a um objetivo comum, foi completamente esquecida no momento da invasão do Iraque.
    O Conselho de Segurança da ONU é uma espécie de organização internacional, que zela pela paz e tranquilidade na esfera mundial. Através de deliberações feitas pelos países membros desse conselho, se descuti a legitimidade ou nao de um ataque e a invasão de um país por outro. No entanto, os Estado Unidos, como possui o poder de veto dentro desse conselho, é capaz de vetar as deliberações que convergem com seus interesses, e lhe garante certa impunibilidade.
    Além do mais, apesar de os Estados Unidos ter invadido o Iraque por espontânea vontade, e nao ter recebido punição efetiva, causou grande catástrofe em ambas populações, devido a morte de várias pessoas, e aqueles que nao morreram, sao assombrados pelas lembranças que adquiriram durante a guerra.

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  32. Nicodemos Victor Gonzaga 10/11/2013 / 17:33

    A guerra empreendida pelos EUA no Iraque, que teve início em 2003 e, formalmente, fim em 2011 mostra claramente a ineficácia da ONU em resolver conflitos internacionais e punir os agressores quando algum destes é membro permanente do conselho de segurança. Em meados de 2003 o EUA decide iniciar a guerra contra o Iraque sob o pretexto de estar este desenvolvendo armas de destruição em massa, o que posteriormente não ficou provado (Os Estados Unidos desejavam, na verdade, era expor para o mundo sua hegemonia política, militar e econômica). Mesmo o conselho de segurança não autorizando a invasão, ela se consumou. É claro, de que adianta a ONU ter o poder coercitivo de impor uma decisão, se essa decisão está vinculada a anuência(no caso em questão, dos EUA) de um dos responsáveis pela agressão.
    Mesmo os EUA tendo violado a decisão do conselho de segurança, tendo cometido verdadeiros crimes contra a humanidade, gerando milhares de perdas humanas e materiais ao Iraque, não chegaram nem perto de ser punidos como deveriam ter sido. Isso mostra como uma país forte e poderoso acaba sobrepujando os interesses de outros aos seus próprios.

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  33. Gabrielle Louise 24/02/2014 / 22:28

    A publicação acerca da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, que em 2013 completou 10 anos, indaga a decisão unilateral e ilegal do então presidente dos EUA, George w. Bush, que tampouco sofrera conseqüências.
    Primeiramente, atentando-se à teoria, os atos unilaterais são considerados fontes não convencionais do Direito Internacional Público, por não constar da enumeração exemplificativa do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Este é um ato imputável a um único sujeito de direito internacional, o qual produz efeitos jurídicos na esfera de atuação do DIP. Agora, atentando-se aos fatos, George W. Bush conseguiu manter por anos uma guerra imperialista cujo resultado fora a perda de milhões de vidas de iraquianos. Pois bem, nos perguntamos, aonde esta a ONU¿ Até onde a soberania de um não ofende a do outro¿ A convicção arrogante do então presidente dos EUA inserido em um contexto dominado pela Doutrina Bush fez com que a ONU fechasse os olhos para este “massacre”¿ O que justifica a impunidade destes crimes contra a humanidade, sendo que a Organização das Nações Unidas prestigia tanto o respeito aos Direitos Humanos¿
    E lamentável ver vultuosos desdobramentos fruto de uma guerra sem fundamentos lógicos. George W. Bush abusou da sua soberania, e no cenário internacional, os Estados são igualmente soberanos, mesmo que individualmente considerados possam ser mais poderosos. Bush alegou que tal invasão fora motivada devido às suposições da presença de armas de destruição biológica e caseira em massa que, segundo ele, haviam no Iraque. Porém consta-se que tais armas jamais foram encontradas pelas forças de ocupação americanas. Fora que sustentou também sua argumentação nas supostas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos, mas igualmente às armas nunca foram comprovadas.
    Assusta-nos a falta de humanitarismo por parte do governo dos EUA,que não pensou que por trás de um governo existem pessoas, pessoas estas que possuem algo imprescindível, o direito à vida. Todo este sentimento humanitário foi posto de lado, os interesses do então presidente foram postos como prioridade, prioridade, diga de passagem para ele próprio. A guerra abalou toda a estrutura financeira, política do país que ficou totalmente destruído, e, ainda assim, os EUA saiu impune. Talvez seja o momento a se refletir que a idéia de igualdade na sociedade internacional não exista, e que prevalece sempre os interesses das grandes potenciais mundiais.

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  34. Lucas Fellipe Santos de Souza 25/02/2014 / 12:20

    Os EUA e seu autoritarismo ignorante. A época de George W. Bush, filho, foi uma das épocas em que mais houve derramamento de sangue, algo considerado inescrupuloso, uma monstruosidade.
    Os ataques das tropas americanas ao Iraque foi feito de uma forma cruel e expressamente impositiva pelo então presidente. Foi algo planejado por Bush, pois até hoje se discute as reais causas da invasão. Foi um ato unilateral, sem ele querer saber de opiniões favoráveis ou contrárias para desencadear tal catástrofe.
    Essa invasão feita pelo todo poderoso EUA, ainda deve ser muito contestada e encontrar algum caminho que se puna tal país. Pois, numa sociedade internacional em que vivemos, em que as nações, pelo menos grande parte delas, devem ser “amistosas” umas com as outras, nada fizeram para impedir que o presidente americano continuasse com sua vontade, com seu plano. Quanto a isso, deveria ser discutido se realmente a ONU ou o Conselho de Segurança existem, porque não houve nenhuma tentativa de uma negociação imediata, caso houvesse tantas vidas não seriam perdidas. Essas entidades deveriam ter agido com pulso forte, juntamente aos outros países, impedindo assim a vontade soberana de Bush.
    Além disso, Bush se aproveitou do status mundial que o país que ele governava tinha e ainda detém como sendo uma superpotência para realizar o ataque. Ou seja, o ato cometido por ele é totalmente ilegal, vai contra o preceito de soberania internacional. Um país não pode ser soberano a outro, e foi exatamente isso o que ele fez. Os EUA invadiu o Iraque, sem mais sem menos, matou e destruiu a maior parte do país, inclusive o ditador Saddam Hussein, que tempos depois foi condenado por pressão dos EUA, e depois morto pelos EUA. Após tudo isso, eles abandonaram o que destruíram.
    A “ajuda de custo” dos EUA ao país devastado, não cobre os sentimentos da dor e tristeza que muitos iraquianos sofreram e ainda sofrem por conta da vontade de um monstro. Foi uma total devastação sem causa.

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  35. Flavia Candiotto Freire 25/02/2014 / 17:37

    Invasão do Iraque pelos EUA completa 10 anos de impunidade
    Os ataques das tropas americanas ao Iraque foi uma clara violação da soberania de um país. O Ex-Presidente George W. Bush tomou uma decisão arbitrária e ilegal contra o país sem o consentimento do Conselho de Segurança da ONU e saiu completamente impune. Por esse motivo, ele conseguiu manter durante muitos anos uma guerra que custou milhares de vidas iraquianas. Com isso, a população do Iraque sofre até hoje reflexos na saúde, socialmente e economicamente. Bush foi além do autoritarismo e para justificar a invasão disse que haviam armas de destruição biológica e caseira em massa no Iraque, mas nunca foram encontradas tais armas pelas forças de ocupação americanas. A conclusão é que os interesses dos países mais poderosos prevalecem e em situações desastrosas como essa eles saem impunes. A arbitrariedade dos EUA que acabou provocando o desastre de um país não deveria ser aceita, pois gera a insegurança dos outros países que estão a mercê da superpotência.

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  36. Guilherme Diniz 25/02/2014 / 18:39

    A invasão dos Estados Unidos da America (EUA) ao Iraque completa 10 anos e podemos dizer que são 10 anos de impunidade por tal ato da maior potência mundial. Após alegar uma “Guerra ao Terror”, ou seja, uma guerra contra o terrorismo após os atentados de 11 de Setembro o governo do presidente na época, George W. Bush simplesmente iniciou a invasão sem o consentimento do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em que o próprio país faz parte e já vetou certas medidas contra alguns países. Ao invadir o país situado no Oriente Médio, dizendo ser contra os atos opressores de Saddam Hussein e contra o terrorismo, tendo como nome principal Osama Bin Laden, os EUA invadiram o Iraque. Essa invasão resultou em milhares de mortos, tanto iraquianos como soldados norte-americanos. Destruiu cidades históricas e monumentos religiosos e acabou afetando a economia do país asiático. O governo Bush gastou milhões para manter suas tropas em solo iraquiano e para promover os ataques enquanto o país entrava numa crise. Quando Bush sai da residencia e entra Barack Obama é que as tropas são retiradas. Esse episódio demonstra como os países que possuem uma economia mais consolidada, as potências e os países que tem um poderio bélico maior conseguem desrespeitar os vetos da ONU, os tratados internacionais que assinaram e não é imposto-lhes nenhum tipo de sanção. O conselho de Segurança da ONU composto por 5 membros permanentes, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia (ex-União Soviética) e a República Popular da China, as 5 potências mundiais em questão bélica e praticamente econômica que deixam de impor sanções umas as outras e fazem com que a impunidade reine entre eles enquanto os outros sofrem sanções severas quando descumprem tratados.

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  37. Lucas Guimarães 25/02/2014 / 20:00

    Em março de 2003 os Estados Unidos começaram um dos mais absurdos e covardes ataques da história. A justificativa encontrada foi que estavam impedindo o desenvolvimento de armas de destruição em massa e até que Saddam Hussein tinha ligações com a Al Qaeda. Nenhum dos fatos foi devidamente comprovado.
    O resultado efetivo dessa “guerra” foi mais de 1 milhão de iraquianos mortos e uma ocupação americana que se conserva até hoje ( apesar da retirada oficial das tropas em 2011, existem mais de 10 mil soldados americanos em solo iraquiano.)
    Apesar da completa devastação proporcionada pelos americanos, nada foi feito. Mais de dez anos se passaram e nenhuma sanção efetiva foi imposta ao país invasor. Afinal, um milhão e meio de mortos, violação da plena soberania não são motivos suficientes para que algo seja feito.
    E a guerra do Iraque não é um episódio isolado. A morte de Osama Bin Laden e as recentes agressões à Síria e Líbia mostram que a impunidade sempre reinará quando os Estados Unidos estiverem presentes. O imperialismo americano nunca será devidamente penalizado, os EUA contam com a impunidade e a cumplicidade de demais países que deles dependem econômica e politicamente.

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  38. Grasielle do carmo alves 25/02/2014 / 20:48

    A invasão do Iraque pelos EUA, foi um fato lamentável, um dos atos de maior covardia presenciado pela humanidade.A invasão do Iraque pelos Estados Unidos completa 10 anos. A decisão tomada pelo então presidente George W. Bush foi unilateral e ilegal, mas não sofreu consequências. Por isso, ele conseguiu manter por anos a fio uma guerra imperialista que custou milhões de vidas aos iraquianos, cometendo crimes contra a humanidade até hoje impunes.
    Triste mesmo e perceber que o que mais marcou a guerra foi a forma como o governo conseguiu convencer a maioria do país de que a invasão do Iraque era necessária para a segurança americana e teria custo e risco baixo. Ao contrario do que defenderam a guerra alem de ter custo humano enorme: 190 mil mortos, o seu custo financeiro, aqueles US$ 50 ou 60 bilhões, se multiplicou . A guerra no Iraque já custou US$ 2,2 trilhões ao Tesouro dos Estados Unidos.
    De acordo com alguns analistas, o governo norte-americano tinha outras intenções com o processo de ocupação. Segundo estes, vários acordos financeiros foram criados para que os Estados Unidos garantissem a posse sob as reservas de petróleo daquele país. Passados mais de dez anos da invasão, o Iraque ainda sofre com um grande problema de infra-estrutura que, depois da guerra, se tornou ainda mais grave.
    Ate quando viveremos neste contexto social, em que os visualizamos tamanha covardia internacionalmente reconhecida, e a impunidade continua descarada por meros status. O mundo precisa acordar.

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  39. Júlia Barbosa 25/02/2014 / 20:48

    Depois de mais de uma década do ataque ao Iraque, os Estados Unidos continuam impunes. Apesar da destruição causada, a soberania norte americana continua sendo uma barreira contra a punição. Apesar de terem sido feitas pesquisas e especulações a respeito do motivo pelo qual o país teria feito o ataque, uma explicação não foi encontrada. No entanto, os EUA justificam o ato com a existência de armas de destruição em massa” no Iraque, o que não comprovaram.
    Com o aniversário do ataque, jornais americanos se descuidaram ao falar apenas das consequências trazidas aos seus soldados. Os civis iraquianos, os principais atingidos, deveriam ter sido lembrados, mas foram mais uma vez desconsiderados.
    Apesar da justificativa de invasão devido às armas citadas, os EUA usaram dessas armas para fazer o ataque ao Iraque. Hoje, o uso dessas armas é considerado crime contra a humanidade pelo direito internacional humanitário. O que choca em relação a esse fato é que o imperial Estados Unidos da América não deixou de usá-las.

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  40. Renata Baccarini 25/02/2014 / 22:54

    O Direito Internacional se pauta no princípio da soberania dos Estados e no princípio da não-intervenção nos assuntos internos de outro país. Ao invadir o Iraque em 2003, os Estados Unidos foram contra todos os princípios estabelecidos pelo Direito Internacional, em uma atitude imperialista e individualista. O problema é que, embora a ONU preveja proibições e sanções aos atos do país então governado por Bush, este é um membro permanente do Conselho de Segurança, junto com a URSS, França, China e Reino Unido, detendo, portanto o poder de veto, o que dá mais segurança e poder aos Estados Unidos, a quem é garantido o poder de vetar as decisões do Conselho.
    Ainda assim, Bush teve a “cautela” de buscar aliados para a guerra contra o Iraque, conseguindo o apoio de nações como o Reino Unido, através de reuniões com o primeiro-ministro. O apoio contribuiu para que os Estados Unidos passassem a impressão de que a invasão ao Iraque era algo justificável e válido.
    Em meio a vários argumentos do governo americano explicando os motivos para o ataque ao Iraque, a conclusão que se tira é que não há motivo humanitário algum, e que a guerra era simplesmente um meio para o país americano obter lucros com o comércio de armamentos e com a reconstrução do próprio Iraque, além de outro meio de acesso ao Oriente Médio, área pela qual o governo americano sempre demonstrou interesse. Foi, portanto, uma atitude arbritaria da qual o país já sabia que sairia impune.
    O sucessor de Bush, Obama, ordenou a retirada das tropas americanas do Iraque, alegando e apontando os benefícios e as ações humanitárias que pretendiam com o fim da guerra, em uma tentativa de mascarar o impacto real da guerra no Iraque, como o elevado numero de mortes e a grande perda patrimonial que o país sofreu. Não obstante, a educação e saude sofreram fortes impactos, assim como os setores de alimentação.
    Obama fez questão, ainda, de ressaltar que o Iraque foi “poupado” de um governo ditatorial com a retirada de Saddam Husseim, mas deixaram de fora os fatos reais, informados pela própria mídia iraquiana, a respeito do novo presidente (que foi praticamente coroado pelos americanos, colocado no poder), que mostram uma realidade contraditória com a imagem de um Iraque pacífico e em desenvolvimento (mesmo que lento) que o governo americano tenta passar.
    O imperialismo americano não deixará de existir no contexto político e jurídico atual, a não ser que haja uma reforma ou modificações que coloquem os países em igualdade de poderes, havendo um modo de regulamentar e regular não só as ações dos países menores, mas também de grandes potências, como os Estados Unidos, conforme os princípios e diretrizes do Direito Internacional.

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  41. Gláucia Faria 25/03/2014 / 23:13

    ‘‘A ONU é uma organização internacional cujo objetivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial’’. Ela possui um Conselho de Segurança que é responsável por manter a paz e a segurança entre os países do mundo. Enquanto outros órgãos das Nações Unidas só podem fazer “recomendações” para os governos membros, o Conselho de Segurança tem o poder de tomar decisões vinculativas que os governos-membros acordaram em realizar. Ele é composto por quinze Estados-membros, sendo cinco permanentes que possuem poder de veto sobre as resoluções do Conselho, são eles: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos e por outros dez membros temporários.
    No ano de 2003 o Iraque foi invadido por tropas estadunidenses de forma ilegal, isto é, sem a aprovação do Conselho de Segurança, apenas o Reino Unido pela pessoa do então ministro Tony Blair os apoiou. Nessa época os EUA viviam a Doutrina Bush, conjunto de princípios e métodos adotados pelo presidente norte-americano George W. Bush em sua política doméstica e exterior para combater possíveis ameaças terroristas. Eles invadiram o Iraque por supostas armas de destruição biológica e caseira em massa que haveria no país, armas que jamais foram encontradas pelas forças de ocupação, eles alegaram também ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos o que nunca foi comprovado.
    Após anos de invasão o Iraque ficou assolado. Civis foram os principais prejudicados, soldados morreram, outros ficaram inválidos e os EUA ficaram impunes de retaliações e sanções por serem o forte líder econômico, político e cultural. Mas as consequências da guerra ficaram, a impunidade não foi plena. Apesar de ter sido em número muito menor soldados americanos também morreram, sua economia ficou abalada. A guerra afeta a todos, mesmo que indiretamente.

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  42. JAY 08/04/2014 / 15:40

    Invasão do Iraque pelos EUA

    Assim, entende-se que o Iraque invadiu alguem que passaram pelos EUA.
    O certo seria:

    Invasão dos EUA ao Iraque

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    • JAY 08/04/2014 / 15:42

      “Invasão do Iraque pelos EUA”

      Assim, entende-se que o Iraque invadiu alguém e que passaram (Iraque) pelos EUA.

      O certo seria:

      Invasão dos EUA ao Iraque

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  43. Jessica Rocha Ramos 13/05/2014 / 17:18

    Lamentável que após décadas de luta para alcançar um mundo relativamente equilibrado através da diplomacia, dos acordos e tratados internacionais, da criação de diversas organizações internacionais, enfim, do fortalecimento do Direito Internacional, temos a mancha da Guerra do Iraque na história mundial. Afrontando princípios básicos do Direito Internacional, como a soberania dos Estados, a igualdade dessa soberania, e a inúmeros tratados internacionais, os Estados Unidos, com seu complexo de “donos do mundo”, invadiram violentamente o Iraque, dando início a uma guerra que durou quase nove anos e assolou um país já castigado. E o pior: por trás do discurso cínico e arrogante de levar a democracia a um país que nunca a conheceu, e de “combater” o terror, nos bastidores desse circo, contudo, havia interesse de Washington em controlar o petróleo iraquiano e o domínio estratégico do Oriente Médio. Tudo, é claro, com o apoio do população americana, massa de manobra da imprensa. Mas não demorou muito para que todos percebessem a falácia dessa guerra cidadosamente arquitetada, que tornou-se fonte de despesas e escândalos. O que é mais ultrajante é perceber que, assim como no Brasil a lei não se aplica à quem tem o poder, na comunidade internacional o Direito Internacional nada significa para as grandes potências. A ONU cruzou os braços, proferindo mero veto à guerra, o que nunca fora a preocupação dos EUA. Finda a guerra e retiradas as tropas do território iraquiano, os norte-americanos saem gloriosamente como libertadores dos iraquianos oprimidos pela ditadura, deixando um país devastado pela pobreza, pela fome, pelas vidas perdidas, sendo a maioria massiva de civis, e pela dignidade que lhes foi tomada violentamente. Fatos assim nos deixam descrentes e nos fazem questionar sobre a real eficácia do Direito Internacional. Sabemos que ele existe e deve ser respeitado. A questão é: quem deve respeitar?

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  44. Alcides 08/08/2014 / 21:14

    Acho que os Estado Unido da América esta correto em suas atitudes pois se ele não tivesse o poder que tem nós já teríamos uma 3ª Guerra Mundial a muito tempo e já teríamos sido dizimados do Planeta; A merda quem pensa ao contrario disso, não sabe de nada. Se Adolf Hitler tivesse dominado o mundo nós simplesmente não existiríamos.

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  45. Laura Antonini Silva 26/03/2015 / 22:40

    EUA como potencia mundial se revela um pouco arrogante, pelo seu grande poder econômico, como também militar, porém isso não os autoriza a continuar invadindo o Iraque como um ato unilateral e ilegal cometendo crimes contra a humanidade até hoje impunes . Seria uma das hipóteses dessas invasões essa falta de impunidade , por falta de sanção, pois no âmbito internacional isso é considerado crime e deveria acarretar responsabilidade aos EUA . O fato também dos EUA ser um membro permanente do conselho de segurança , faz com que o órgão não atue de uma forma que este país contribui de muitos instrumentos para sua efetividade, porém não é usado contra ele mesmo .Já contrariaram o conselho segurança que demonstra tamanha arrogância, pois este é um órgão fundamental e que deve ser respeitado . Iraque em meio dessas guerras devastadoras estão perdendo seus grandes sítios arqueológicos porque estão sendo destruídos, assim como patrimônios culturais . Os EUA usa o que chamamos de “armas de destruição em massa”que já foram denunciadas, e que são proibidas pelas convenções internacionais de serem usadas, esses recursos de guerra são vedados devido sua alta destruição, além disso configurado como crime de guerra, ou até como crimes contra a humanidade . Na tentativa de reconstruir o Iraque, EUA contribuiu menos que 10% do que gastava para invasões, e jamais será pago pois resultou muitas doenças como o câncer, e hospitais foram destruídos , a saúde da população como um todo ficou depredada . O conselho de segurança deveria e deve ter uma posição a frente de decisões que contrarie o órgão ,mesmo sendo ele um membro permanente, isso não o autoriza a fazer o que ele bem entender, sendo que todos se sujeitam a ele, mesmo os que não estão de fato vinculados . Isso é um perigo pois pode ser levantado a dúvida perante a legitimidade do conselho, o que é considerado um órgão eficaz . Mesmo que com o governo do Obama tenha sido amenizado essas invasões os EUA deveria ressarcir o Iraque para que pelo menos ajude a construir um pouco o que totalmente foi destruído , pois tem patrimônios que jamais serão o que eram antes de tais ocorrências .
    LAURA ANTONINI SILVA – SALA 401 – Manhã FDMC

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  46. Lorena Mayrink 31/03/2015 / 14:50

    É extremamente contraditório que um país de tamanha importância e influencia internacional quebre uma serie de princípios e normas de direito internacional. Ao atacar injustificadamente o Iraque, os Estados Unidos foi contra um principio (regra) já implementado diversas vezes: os Estados deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos; evitando o uso da ameaça e da força nas suas relações internacionais.
    Esse conceito foi imposto pela Carta da Nações Unidas e está vinculado a outro termo, o “ipso facto”, onde o país recorrendo a guerra terá cometido ato de beligerância contra todos os Membros da Sociedade.
    Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos mostraram-se uma nação que não está empenhada em manter as funções dessa Organização Internacional. Isso nos faz lembrar a Liga das Nações, instituição criada com o objetivo de manter a paz, mas que falhou de maneira brusca em uma série de conflitos.
    Apesar da ONU ser mais efetiva atreves do seu Sistema de Segurança Coletiva, esta ainda tem limitações quando se trata de repreender atos ilícitos de países membros permanentes do Conselho, exemplo neste caso dos Estados Unidos da América.

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  47. Érika Moreira 24/06/2015 / 13:59

    A invasão do Iraque pelos Estados Unidos caracteriza-se por desrespeito. Pois foi uma ação mascarada com o intuito de achar e eliminar armas de destruição em massa que supostamente existia no país e colocava em risco toda a ordem mundial, armas que até onde se sabe nunca foram encontradas. E custou a vida de milhares de pessoas, entre militares e civis, e o emprego de trilhões de dólares. É fato que, desde o ataque de 11 de setembro de 2001, os EUA vêm utilizando a ameaça terrorista, o medo generalizado e a caçada a esse amigo invisível como legitimador de suas ações. Porém, é incabível aceitar todas as atrocidades cometidas contra a humanidade que possuem como pressuposto a guerra contra esse inimigo altamente perigoso, contudo sem rosto, o terrorista.

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  48. Graça 28/12/2015 / 22:23

    O que é mais irritante é fala que isso foi guerra! O assassino do Bush invadiu matou milhares de inocente nesses dois países deixou os na miseria e ainda vivem por lá sem dar paz a população dos países, mataram milhares de inocentes, e os que eles acusaram de terroristas e esses MALDITOS ainda falam que os outros é que são terroristas? Tá cara que os terroristas piores e mais assassinos do mundo são os própios americanos….e mim deixa mais indignada é que conseguem por na cabeça dos imbecis que eles são as vitimas, brasileiros então coitados cegos , e idiotas vivem se rastejando para americanos, não teem vergonha na cara de serem capacho de americanos acreditam que eles são os mocinhos e ainda se orgulham quando falam sobre americanos, é por isso que os americnos querem acabar com a democracia no no Brasil e por um sistema capitalista como no EUA onde só ricos tem direitos e clase mais pobre fica mais na miseria. ODEIO AMERICANOS.

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  49. Graça 28/12/2015 / 22:28

    americanos são uns assassinos destruidores de nações, são os verdadeiros terroristas do mundos.

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  50. Nathália Mello 04/03/2016 / 17:52

    A época de expansão territorial e colonização teve, para os EUA, um caráter missionário através da ideologia disseminado no país do Destino Manifesto. A ideia consiste na “predestinação divina”, ou seja, Deus deu aos norte americanos o dever de espalhar a democracia pelo mundo. Com base nessa ideologia absurda, desde então, os EUA começaram a intervir nas políticas e organizações e outros países por se considerarem legitimados a isso. A invasão ao Iraque foi exatamente nesse sentido, pois a justificativa para a intervenção era que o Iraque possuía armas de destruição em massa e deveriam derrubar o “ditador” que estava no poder. Vale ressaltar, porém que o exército americano também utilizou armas de destruição em massa para o combate, o que não era condizente ao que eles defendiam. O que acontece é que as grandes potências, em especial os EUA se veem no direito de intervir em algum país ou de começar uma guerra a partir de seus próprios conceitos e, claro, sempre visando um interesse atrás desses conflitos. É essencial que as outras potências contenham suas ações para que não ocorram grandes conflitos futuramente.

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