A organização não-governamental de defesa de direitos humanos Human Rights Watch disse nesta segunda-feira que 53 pessoas – supostamente simpatizantes do regime de Muamar Khadafi – teriam sido executadas em um hotel em Sirte na semana passada.
A Human Rights Watch pediu que o Conselho Nacional de Transição, que assumiu o governo da Líbia, conduza uma investigação “imediata e transparente” do incidente.
“Nós achamos 53 corpos em decomposição, aparentemente de simpatizantes de Khadafi, em um hotel abandonado em Sirte, e alguns estavam com as mãos atadas atrás das suas costas quando foram executados”, disse o diretor de emergências da ONG, Peter Bouckaert.
Os corpos foram achados no domingo no hotel Mahaari, no distrito 2 de Sirte, cidade que foi alvo de uma ofensiva na semana passada. A conquista de Sirte pelas forças insurgentes levou à captura e morte de Khadafi.
Cerca de 20 moradores da cidade foram vistos pela Human Rights Watch colocando os corpos em sacos e se preparando para enterrá-los, quando funcionários da ONG chegaram no hotel. Eles disseram ter encontrado os corpos na sexta-feira, dia em que se encerraram os combates em Sirte.
Quatro corpos foram identificados, segundo a Human Rights Watch, entre eles o de uma ex-autoridade do governo Khadafi.
Fonte: BBC Brasil
Observ@tório de Relações Internacionais - UFOP 
Como se não bastasse o assassinato do ditador Líbio Muamar Khadafi, com várias imagens e vídeos do procedimento homicida escancarados na mídia mundial, a comunidade global vê-se diante da possível execução de 53 simpatizantes de Khadafi, 53 inocentes, provavelmente, executados de forma covarde, “com as mãos atadas atrás das costas”. Sabemos que o citado “tirano” conduziu o seu governo com “mãos de ferro”, o que ocasionou a morte de inúmeros civis, todavia, violência não justifica violência. Os Direitos Humanos, garantias fundamentais atinentes “a todos os seres humanos” não podem ser suplantados à revelia de práticas típicas a certos povos, sob a bandeira da defesa de uma suposta “autodeterminação”. Na esteira do que foi pedido pela Human Rights Watch, é imperioso que seja realizada uma investigação “imediata e transparente” acerca do incidente, pelo Conselho Nacional de Transição. É de suma importância que sejam encontrados os responsáveis e lhes sejam atribuídas as devidas punições (não com violência, mas com as formas legalmente admitidas), pois os Direitos Humanos tem aplicação cogente, não constituem apenas um conjunto de regras “pra inglês ver”.
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A morte de Khadafi levanta uma série de dúvidas sobre as circunstâncias corretas de sua morte.Vídeos e fotos, veiculados na intenet, mostraram o ex-líder vivo e ensanguentado, logo depois da captura, em uma ofensiva contra Sirte. Também há imagens que mostram que Khadafi foi capturado e arrastado pelas ruas e teve o corpo agredido, até que um tiro levou à sua morte.Apesar de ser um ditador, o fato de um ser humano ser executado de maneira sumária como mostram as imagens, vai de encontro com os Direitos Humanos e o princípio da dignidade da pessoa humana.Além de o capturarem vivo e o executarem cruelmente, mataram seus filhos, seus netos, e aplaudiram tamanha barbaridade. Nesse período de transição com a queda do regime de kadhafi é essencial que os líbios tentem reconstruir o país ao invés de se vingarem, matando mais pessoas e instaurando o terror.
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Notícias como esta nos fazem pensar em alguns princípios, direitos e garantias inerentes a todos os seres humanos, independente de raça, cultura ou religião. Notícias como esta, nos fazem pensar nos direitos humanos.
Não se pode admitir a intolerância, seja política, religiosa, racial, ou qualquer outra dentro de uma sociedade. Todo ser humano deve ser respeitado dentro de sua cultura, costumes e crenças, de modo que reine a harmonia e a paz entre as pessoas. Nesse sentido, o princípio da dignidade da pessoa humana deve reger todos os outros princípios e dogmas de um povo.
As 53 pessoas executadas no hotel são, provavelmente, vítimas da intolerância política na Líbia. Elas foram cruelmente massacradas, como o líder Khadafi.
Diante desse cenário, a população mundia não pode se calar, é preciso que os povos se unam contra a intolerância e na defesa dos direitos humanos.
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