América Latina deve se preparar para a desaceleração, diz secretário da Unasul


seg, 27/10/2014 – 16:00

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Buenos Aires  A América Latina deve se preparar para a fase de desaceleração econômica e seguir com a reindustrialização, disse o secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper, que acredita, contudo, em fatores como os benefícios provenientes dos recursos estratégicos.

“Temos que nos preparar para uma desaceleração econômica”, afirmou Samper em uma entrevista ao EFE, na qual comentou que as descobertas de petróleo e gás na região, a diminuição da demanda de recursos por parte dos Estados Unidos e China e o “fortalecimento evidente” do dólar levam a região para um desaquecimento.

Advertiu também, contudo, que também há fortalezas, tais como as reservas estratégicas de petróleo, níquel, cobre, água e a capacidade de geração hidrelétrica.

“Bom, temos que agregar valor a isso”, por isso, o objetivo da América Latina, além de superar essa situação, é preciso “iniciar um processo de reindustrialização”, comentou

Samper, que foi presidente da Colômbia entre 1994 e 1998, destacou conquistas da América Latina, como a redução da pobreza, 70 milhões de pessoas em dez anos e o comportamento de governos que, “sem exceção, têm se submetido ao jogo democrático”.

“Acredito que temos muitas coisas em comum para trabalhar”,  por isso é “desnecessário que estejamos unidos contra alguém ou algo”, afirmou para ressaltar a necessidade de “desideologizar” e, ao mesmo tempo, “repolitizar” a Unasul.

Consciente da existência de modelos políticos distintos, argumentou que para conseguir esse objetivo é preciso que “simplesmente essas duas visões que existem não sejam utilizadas como argumento para não nos integrarmos. É possível ter uma região e duas concepções de desenvolvimento”, opinou.

Samper sempre ofereceu sua ajuda a Unasul, a fim de recuperar o diálogo entre a oposição  e o governo da Venezuela, também para contribuir para o processo de paz na Colômbia, uma vez que termine o atual processo de paz entre o governo e a guerrilha das Farc.

Por agora, disse, não recebi respostas sobre essa oferta, que, no caso da Colômbia, na fase “pós-conflito”, focar-se-ia na recuperação econômica e moral (relacionada com o perdão e as garantias de não cometer atentados), a justiça e a verdade, que permitirá às vítimas ou aos seus familiares conhecer as condições em que foram vitimadas.

O ex-presidente acredita ser “inevitável que se incorpore às conversações a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), porque a negociação deve ser integral”, algo que “está caminhando bem”, disse.

Sobre drogas, o secretário-geral defendeu sua opinião pessoal, “uma política alternativa” que se baseie “na legalização como alternativa à proibição”, e “desmontar lentamente as leis proibicionistas”.

“Atualmente somos muito duros com os camponeses, somos duros com as “mulas” que transportam as drogas, somos duros com os consumidores e somos brandos com as organizações criminosas”, disse ao defender a punição do delito e não criminalizar esses “pontos fracos do conjunto”, não por meio da legalização, mas sim com mecanismos para “lhes ajudar a sair do problema”.

Ao fazer um balanço de sua gestão, Samper mencionou os acordos para criar um banco de preços para medicamentos e um mecanismo de solução de controvérsias “muito mais equilibrado entre investidores privados e governos” que os atuais centros de arbitragem, nos quais muitos criticam porque tais entidades possuem “um viés” favorável às empresas.

O organismo trabalha em um projeto para estimular um conjunto de infraestruturas (estradas, trens, hidrovias) que beneficiam mais de dois países, com investimento que poderia alcançar os US$ 20 bilhões, explicou.

A Unasul, por outro lado, avançou, disse Samper, ao se comprometer mais com “o assunto da mulher”, por isso lançará uma proposta em 25 de novembro em um ato no qual estará uma filha de uma das irmãs dominicanas Mirabal (Patria, Minerva e María Teresa).

As mulheres foram assassinadas por agentes do regime de Rafael Trujillo em 1960 nesse mesmo ano, declarado pela ONU como o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher.

A Unasul é formada pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

 Fonte: América Economia

22 comentários sobre “América Latina deve se preparar para a desaceleração, diz secretário da Unasul

  1. Renata Resende 04/02/2015 / 14:02

    A presente notícia aponta um período de desaceleração econômica na América Latina. Este, por sua vez, ocasionado principalmente pelo fortalecimento do dólar e diminuição das demandas do EUA e China. Assim, caso se concretize a referida previsão será necessário reforçar as fortalezas da região tais como a grande capacidade hidrelétrica, as reservas minerais e de petróleo e o clima local que favorece a indústria agropecuária.
    Uma desaceleração econômica requer cuidados para que não se transforme em uma crise generalizada. É preciso o fortalecimento dos blocos econômicos que englobam os países da região e adoção de políticas que estimulem o crescimento do processo de industrialização e que aumentem a eficiência do combate a um dos principais problemas do região, o tráfico de drogas. A principal dificuldade é que a América Latina é composta por países que possuem diferentes visões não só sobre o combate ao tráfico, mas também sobre a estruturação e organização da sua política de industrialização. A contenção à crise e superação da fase de desaceleração econômica é dificultada por causa das citadas divergências, porém não impossível. Como disse o secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper, “simplesmente essas duas visões que existem não sejam utilizadas como argumento para não nos integrarmos. É possível ter uma região e duas concepções de desenvolvimento”.

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  2. Viviane Barros 05/02/2015 / 17:22

    A entrevista acima retrata bem o momento econômico do Brasil e da América Latina como um todo. Com o aumento do dólar e o desinteresse dos Estados Unidos e China como consumidores a economia sofreu uma queda afetando muito o pequeno crescimento da região. O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, frisou que os países estão em diferentes momentos políticos, mas que isso não deveria ser empecilho para que haja uma integração entre eles. Para que esse momento não se estenda é necessário que cada país utilize-se do seu ponto forte, lembrando que muitos detêm fontes primarias de energia, como água e petróleo, que devem ser cuidadosamente exploradas. Outro ponto alto da entrevista foi a opinião dada sobre a drogas. Ernesto Samper foi inteligente em defender uma política alternativa, porque não está se “cortando o mal pela raiz”, mas sim condenando a parte mais fraca desse “mercado” do tráfico, que são os camponeses e as mulas, o que não se resolve em nada a questão. Apesar dos pesares, o secretário-geral citou alguns pontos positivos, como: a diminuição da pobreza em toda a América-Latina e o maior comprometimento da Unasul com o “assunto da mulher”.

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  3. Fernanda Pimenta Manhã 09/02/2015 / 15:55

    Após a crise econômica de 2008, os Estados Unidos, como seria natural, teve que se preocupar mais com a sua própria economia do que com a mundial, já que enfrentava uma situação de recessão econômica.
    A notícia acima fala da desaceleração do crescimento da América Latina, sendo apontado como uma das principais causas a ausência de investimento por parte dos Estados Unidos, tendo em vista que o dólar se valorizou e a demanda por produtos e serviços brasileiros reduziu.
    O Brasil, assim como a Argentina, a Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equador, a Guiana, o Paraguai, o Peru, a Suriname, o Uruguai e a Venezuela, países componentes da Unasul, são ricos em produtos primários devendo, por isso, se fortalecerem enquanto bloco econômico, aumentando a capacidade de produção, se industrializando e modernizando, pois só assim serão pragmaticamente independentes.

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  4. Mariana Gabriela Rodrigues de Souza 09/02/2015 / 23:00

    O termo “desaceleração econômica”, ainda que seguido de uma reindustrialização, merece alguns cuidados. Primeiramente, no momento econômico e político em que o Brasil se encontra, a desaceleração econômica já é real para a nossa sociedade. Com o fortalecimento do Dólar e com a diminuição da demanda de recursos em relação à China e aos Estados Unidos, esta desaceleração da economia foi agravada. Além destes pontos, a reindustrialização sugerida pelo secretário-geral da Unasul baseada nos recursos estratégicos, para ser bem aproveitada e gerar os benefícios esperados, necessita ser comandada por uma equipe fortalecida, ponto em que o Brasil deixa a desejar, pois já está desacreditado em diversos âmbitos mundialmente. Por isso, as reservas estratégicas de petróleo, níquel, cobre e água presentes nos territórios das nações sul-americanas precisam ser utilizadas com inteligência e cuidado dobrado, uma vez que a desaceleração econômica apresenta o risco de se tornar uma grande crise caso a reindustrialização seja mal planejada e resulte em fracasso.
    Já em relação à questão das drogas e à “uma política alternativa” para solucionar tal questão, não acredito que esta política alternativa venha a ser a legalização frente à proibição, pelo menos não de uma forma geral. A utilização de determinadas drogas para usos selecionados como a questão medicinal pode sim ser útil, mas os consumidores (e digo isso analisando a sociedade brasileira) ainda não estão preparados culturalmente para lidar com a livre comercialização das drogas, o que pode resultar em um grande declínio social. A legalização sim pode representar uma condenação à parte mais fraca do tráfico, que é, na realidade, a sociedade e seu desenvolvimento. Aplicar sanções mais eficazes e punir de maneira eficiente aqueles que participam do tráfico de drogas parece uma forma melhor de solucionar a questão.

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  5. Marina Nogueira Resende Silva, 17463 22/03/2015 / 16:08

    A notícia bem se enquadra no cenário econômico mundial, que enfrenta uma crise de difícil superação. As notícias nos entristecem ao visualizar que o Brasil surpreende por ser o único, entre os 35 países analisados, a não apresentar o status de contração no ciclo de crescimento econômico. Na época em que o estudo fora realizado, o Brasil encontrava-se em desaquecimento, o que significa parar de crescer. Além de parar de crescer, está decrescendo, o que configura uma situação ainda pior. De acordo com grandes e renomados economistas, a má notícia já era aguardada. Os índices que foram anunciados indicam que a desaceleração da economia mundial é a maior desde 1970, quando ocorreu a crise do petróleo. Contudo, a probabilidade de crescimento para as sete principais economias: Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França, Alemanha, Canadá e Itália, no entanto, também não cessam de diminuir. Conclui-se, diante disso, que a posição do Brasil não chega a ser tão ruim, embora tenha entrado oficialmente em desaceleração. Outros países emergentes analisados, a China e a Rússia se mostram em situação mais delicada. É necessário que as medidas a serem tomadas sejam eficientes para conter o decréscimo e ajudem o Brasil a superar as dificuldades econômicas que assolam o mundo em um contexto geral.

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  6. Raquel Bagno 24/03/2015 / 12:00

    A redução da demanda global de matérias-primas, bem como a dependência de países latino-americanos da entrada de capitais externos para financiar o déficit econômico, levou a ONU a prever uma desaceleração no crescimento de todos os países da América Latina. Essa desaceleração reflete a redução da demanda interna e um ambiente externo menos favorável, no qual se destaca a desaceleração da economia chinesa e a menor demanda global por matérias primas. Economistas do FMI ressaltaram a importância de que a região tenha políticas fiscais prudentes, inflação baixa e taxas de câmbio flexíveis para melhorar sua capacidade de reação a eventuais choques, mas eles também recomendam que é hora de promover medidas destinadas a elevar a produtividade. A desaceleração em economias como a do Brasil faz com que os governos latino-americanos tenham de tomar medidas tanto de ajuste como de reformas para impulsionar os investimentos e a produtividade e poder enfrentar os próximos tempos de forma adequada.

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  7. Ana Flávia Sales Martins Ferreira 24/03/2015 / 12:18

    O processo de desaceleração econômica que assombra os países da América Latina não surpreende, tendo em vista ser um reflexo do momento de crise pelo qual passa a a economia mundial. Este cenário ocasionou na diminuição da demanda de recursos por porte dos Estados Unidos da América e da China, promovendo um desaquecimento da economia latino-americana. Em contrapartida, os países do continente tentam apostar na reindustrialização, o que é possível, sobretudo, graças á existência de setores estratégicos, tais como, as reservas de petróleo, níquel, cobre, água e a capacidade de geraçao hidrelétrica. Contudo, o processo não será fácil, haja vista que a America Latina é uma das regiões mais desiguais do mundo e vários de seus países tem um sistema político frágil, o que pode ser um entrave para contornar a crise. Neste cenário, sugere a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a instauração de políticas que permitam maior diversificação e sofisticação no sistema produtivo, salientando que os governos latino-americanos ” deveriam incentivar a concorrência na área de novas tecnologias e o enfoque na inovação orientado à sustentabilidade de forma ampla: econômica, social e ambiental”

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  8. Ygor Fidelis 25/03/2015 / 0:08

    A reportagem afirma que o presidente da UNASUL previu desaceleração na economia dos países sulamericanos. Por outro lado, disse que é necessário reindustrializar. O Brasil como maior economia do continente, tem função essencial neste aspecto. E, como sabemos pelo andar da economia nacional, a situação ainda tende a piorar. As previsões inflacionárias ultrapassam 8% ao ano, o desemprego aumenta, assim como a cotação do dólar. No jogo político, a presidente continua tendo enormes disavenças com sua “base aliada”, o que a impossibilita de aprovar medidas de ajustes fiscais necessárias para o momento de crise. Sendo assim, parece-me correta a avaliação feita pelo presidente da UNASUL, uma vez que o Brasil, assim como igualmente a Argentina, enfrentam grave crise econômica, capaz de influenciar todos os demais países do Mercosul. A grande riqueza que temos são as comodities, que estão em baixa no momento, o que dificulta o ganho com a exportação e fortalece o temor de tempos econômicos difíceis.

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  9. Fernanda Lino Rezende 25/03/2015 / 15:19

    Não só o secretário da UNASUL Ernesto Samper previu a desaceleração da economia na América Latina. A ONU já havia previsto este desaquecimento na economia de todos os países da América do Sul. Isso porque, EUA e China, países com maiores demandas por recursos latinos, diminuíram suas solicitações, ocasionando uma baixa na exportação.
    Este desaquecimento é um reflexo do cenário econômico internacional, que passa por grandes dificuldades. Dessa forma, é imprescindível que os próprios países da América Latina promovam a reindustrialização para fomentar a produção e, além disso, façam reformas internas estruturais em áreas diversas, como saúde, educação e política.

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  10. Eduardo Machado 25/03/2015 / 15:34

    O ritmo fraco de crescimento da economia do Brasil nos últimos anos teve consequências limitadas para a qualidade do crédito de outros países da América Latina, pois são poucos os países com fortes relações comerciais com o País, afirma a agência internacional de classificação de riscos Moody’s Investors Service, em um relatório.

    Apenas quatro países da América Latina tiveram uma exposição comercial maior à desaceleração do crescimento econômico brasileiro: Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai. Esses países tiveram exposição maior por terem uma atividade econômica mais voltada para o comércio exterior.

    “Por exemplo, como o ritmo de expansão da economia da Argentina caiu para cerca de 2% a 3% de uma média de 8,4% registrada em 2004 e 2008, o enfraquecimento do Brasil pode prejudicar ainda mais as dinâmicas já enfraquecidas de crescimento”, afirma a Moody’s. No Uruguai, a desaceleração brasileira só vai contribuir para a tendência de moderação do ritmo de expansão da economia que já está em vigor. – Jaime Reusche

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  11. GIltommy Teixeira Costa 25/03/2015 / 21:02

    Passados alguns meses da publicação da presente matéria com a manifestação sobre a manifestação do secretário da Unasul, visualizamos os dizeres tomarem corpo. No contexto brasileiro, a inflação bate à porta, as companhias executam processos para a redução do gasto com mão de obra, o comércio desaquece, as indústrias de base vêem a produção cortada em valores inesperados. Neste passo, observa-se o Estado sentindo a força do déficit orçamentária e, em consequência, aumenta a carga tributária com vistas produzir entradas e salvar suas dívidas. Medida totalmente perigosa, quando aplicada em um contexto já fragilizado.

    O Estado precisa rever sua intervenção na economia, primando-se em alguns pilares, mas não agindo diretamente, e sim possibilitando ao particular se desenvolver. São alguns destes: o desenvolvimento e fortalecimento da infra-estrutura, item indispensável para qualquer crescimento; o incentivo às indústrias de base, e à pesquisa e desenvolvimento dos produtos aqui extraídos. Ora, o Brasil não pode se manter um país puramente exportador de ‘commodities’ e importador de tecnologia.

    O momento é extremamente delicado no tocante à desaceleração da indústria. Mas também pode ser visto como uma boa hora para ir às compras baratas e realizar as melhorias indispensáveis a um país sólido e eficiente.

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  12. Pedro Henrique Lacerda Paoliello 26/03/2015 / 10:05

    A desaceleração econômica da América Latina é um fato recente, impulsionado em um primeiro momento pela crise na qual se encontrava a Argentina, no governo de Cristina Kirchner, somados ao momento de instabilidade política do Paraguai, durante o impeachment de Fernando Lugo e da Venezuela , durante todo o governo de Chávez e Nicolás Maduro. Hoje, com a eminente e devastadora crise econômica e política do Brasil, o cenário realmente tornou-se mais preocupante do que se previa há alguns anos atrás, quando o principal país da América do Sul, se encontrava em estado de graça economicamente pós governo Lula.

    Um dos principais motivos para essa desaceleração, e que está diretamente ligado aos fatores supradescritos, é a desaceleração do crescimento da classe média. Após registrar trajetória de elevação consistente na década passada, o crescimento da classe média na América Latina passou a ser moderado. A desaceleração no crescimento certamente terá um impacto econômico e deverá afetar especialmente as empresas varejistas, montadoras de automóveis, construção civil, aéreas e comerciantes de itens de elevado padrão.

    O secretário da UNASUL, assim, faz previsão realista, e que portanto, assusta todas as nações latinoamericanas.

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  13. Vinícius Alves da Silva Alvim 26/03/2015 / 17:52

    Segundo o Secretário da União das Nações Sul-americanas (Unasul), grupo formado pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, a América Latina deve se preparar para a fase de desaceleração da economia e trabalhar em conjunto para fortalecer esses países membros. Os conflitos entre os integrantes dessa União precisam ser resolvidos com o diálogo, buscando sempre um ambiente construtivo, que facilite o desenvolvimento desses países emergentes, em meio a uma desaceleração econômica de âmbito mundial. Esse diálogo entre os países membros dessa União, muitas vezes, se fragiliza devido às grandes diferenças de políticas internas de cada Estado, mas é preciso superar essas diferenças para evitar uma maior estagnação econômica. Com o fortalecimento dos laços internacionais entre esses países, a União passa a produzir efeitos concretos para a economia latino-americana, dando uma maior proteção a Estados que muitas vezes se tornam reféns das grandes potências mundiais.

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  14. Gabriela Guerra 29/03/2015 / 18:45

    A desaceleração da economia na Unasul é fruto do cenário de instabilidades vivenciado por grande parte dos países membros. Fatores como a alta do dólar, a desmoralização política, descredibilidade dos representantes e insatisfação popular, levam a uma fragilidade institucional altamente prejudicial ao desenvolvimento da economia.
    O modo para se contornar o início da queda de modo a controlar uma possível crise generalizada é a união de forças. A partir de laços alfandegários e políticas protecionistas especialmente direcionadas à setores da economia nacional, é possível que se mantenha os níveis de circulação de riquezas, ao menos por certo período. Quer dizer, as barreiras alfandegárias podem servir apenas de medidas paliativas, porém, tendo em vista o colapso comercial que poderia se sujeitar todas as nações latinas, especialmente o Brasil, essas medidas fazem frente, ou ao menos atrasam, uma realidade caótica de desemprego, retração econômica e aumento dos índices de criminalidade.
    Destarte, valendo-se de características similares dos países vizinhos, é possível que, a partir de uma homogeneidade da cultura latina, oriunda das mesmas raízes, do mesmo berço (ainda que primitivo), seja viável a instauração de políticas direcionadas ao interesse primordial destes países. Uma vez unidos, passam a ter mais força diante do cenário internacional, aumentando suas pressões políticas e desenvolvendo mecanismos mais eficazes de coerção internacional.

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  15. Daniela Poncinelli Real Pereira 29/03/2015 / 22:11

    A América do Sul, que nos últimos anos vinha apresentando crescimento econômico vertente, deve vivenciar cenário de desaceleração no futuro próximo. O reflexo da série de crises econômicas iniciadas em 2009 passam a ser sentidas com mais força na região, devido a diminuição de demanda de recursos por parte dos Estados Unidos e da China. Grandes exportadores de commodities, os países latinos viram seu mercado diminuir significativamente, razão pela qual o o secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper acredita que estes países devem focar num processo de reindustrialização.
    O Brasil, principal ator político-econômico da América do Sul nos últimos anos é o mais evidente exemplo da desaceleração observada no continente. Porém, o país vem apresentando problemas ainda mais graves do que os gerados pela crise econômica internacional. Antes o carro-chefe do crescimento, o Brasil apresentou resultados de aumento de PIB frustrantes no ano de 2014, um dos menores do continente. Os fatores que geraram tão baixo crescimento vão além da recessão internacional, e colocam em cheque o papel de liderança dentro do continente que o Brasil havia assumido nas últimas décadas. Apesar de ser a maior economia, o país deve se espelhar nos vizinhos como Chile e Equador, que ainda apresentam crescimento relevante. O fortalecimento do continente passa por uma política de cooperação, com maior integração dos países e fortalecimento da UNASUL.

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  16. Daniela Queiroz 30/03/2015 / 19:07

    A notícia acima relata o momento de desaceleração econômica vivida pelos países da America Latina, decorrente principalmente da diminuição na procura por recursos por parte dos EUA e da China, e do fortalecimento do dólar.
    O presidente da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), Samper, afirma que apesar do momento vivido, os países sul-americanos têm condições de reverter esse quadro, devido as reservar de petróleo, água, cobre e capacidade de geração hidrelétrica.
    Porém, para conseguir superar esse momento de desaceleração é preciso que os países se unam em blocos econômicos fortes. Samper afirma que apesar das diferenças de modelos políticos e ideológicos entre os países, o fortalecimento dos blocos iria propiciar maior chance de desenvolvimento, com políticas que fossem além dos próprios países, e que fortalecesse a industrialização na região.
    Assim, para superar esse quadro econômico vivido atualmente é preciso a adoção de medidas que vão diversificar e aprimorar o sistema produtivo, podendo assim obter um maior investimento nas áreas de saúde, educação, etc.

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  17. Tulio Miranda de Carvalho 31/03/2015 / 8:03

    A América Latina tem apresentado comportamento heterogêneo com índices bastante diversos com países demonstrando grande crescimento do PIB e países apresentando recessão econômica. Segundo número projetados pela ONU enquanto a Bolívia terá, segundo a projeção, crescimento de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – e com o Panamá e a República Dominicana crescendo 6% -, a Argentina e a Venezuela terão suas economias reduzidas em 0,2% e 3%, respectivamente. A projeção para o Brasil é de 0,2%.
    Esse panorama demonstra a atual situação do comércio internacional, com o fortalecimento do dólar, a queda dos preços das commodities, a pressão para uma balança comercial favorável. Outro ponto crucial é a queda da demanda da China e dos EUA, grandes consumidores de matéria prima, que acaba por refletir em países como o Brasil no qual a principal carga de exportação é proveniente das commodities. Ademais o países da América Latina não figuram entre os países que exportam produtos com alto valor agregado o que interfere diretamente nos recursos obtidos com a exportação.
    Apesar de todos esses fatores, segundo a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), em matéria publicada no site agenciabrasil.ebc.com.br, os países da América Latina terão grande recuperação no ano de 2015, com crescimento projetado do PIB da região projetado de 3,7 pontos percentuais.

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  18. Grasielle Alves 31/03/2015 / 8:10

    A intensidade de crescimento da economia brasileira nos últimos tempos teve consequências limitadas para a qualidade do crédito para outros países da América Latina, já que são poucos os países que possuem fortes relações comerciais com o País, afirma a agência internacional de classificação de riscos Moody’s Investors Service, através de um relatório. Apenas quatro países da América Latina conseguiram uma exposição comercial maior à desaceleração do crescimento econômico brasileiro: Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai. Tais países possuíram exposição maior por terem uma atividade econômica mais voltada para o comércio exterior. Os fatores que geraram um crescimento não expressivo vão além da recessão internacional, e colocam em cheque a posição de líder que o Brasil havia conquistado nos últimos tempos. Mesmo sendo a maior economia, o país deve se espelhar nos vizinhos como Chile e Equador, que ainda apresentam um crescimento expressivo. O fortalecimento do continente passa por uma política de cooperação, com maior integração dos países e fortalecimento da UNASUL. O Estado precisa modificar sua intervenção na economia, primando-se em alguns pilares, mas não agindo diretamente, e sim possibilitando ao particular se desenvolver. São alguns destes: o desenvolvimento e fortalecimento da infraestrutura, item indispensável para qualquer crescimento; o incentivo às indústrias de base, e à pesquisa e desenvolvimento dos produtos aqui extraídos.

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  19. Pedro Henrique Bengtsson Bernardes 11/09/2015 / 10:03

    A presente notícia retrata as consequências de uma crise econômica nos países da America Latina. Com a extrema alta do dólar e o desinteresse dos Estados Unidos da America e China em consumidores, Samper indica que os países da América Latina devem investir em uma reindustrialização, visando, até mesmo, cortar gastos com importações que somos, evidentemente, capazes de produzir em nosso território. Desse modo, a desaceleração econômica vivida nesse continentes está em constante fortalecimento. No entanto, o presidente da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) diz que esse quadro é totalmente reversível, visto que esse países possuem reservas monetárias em provenientes do Petróleo, água, cobre e capacidade de geração hidrelétrica. Entretanto, para que esse projeto de reversão desse quadro econômico instável deve ser efetuado visando uma integração de blocos econômicos fortes afim de proporcionar políticas de integração e uma forte reindustrialização desses países, para que eles próprios se tornem consumidores deles próprios. A América Latina é um continente defasado, desde sempre. No entanto, mesmo com as diferenças entre suas políticas, esses países precisam de unir para reverter esse quadro econômico negativo.

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  20. Alice Costa Duarte 24/09/2015 / 9:56

    As recentes turbulências no mercado financeiro chinês, principal parceiro comercial da maioria dos países latinos alimentam a previsão de anos difíceis pela frente. A China está em processo de desaceleração e consumindo menos matérias-primas. Grande parte das exportações dos países latino-americanos são direcionadas ao país asiático, que iniciou uma curva descendente de expansão. Além disso, os investidores estão mais acreditados na recuperação dos Estados Unidos, deixando de lado a aposta em ativos ligados a matérias-primas. A América Latina, principalmente a América do Sul, está ficando mais isolada e vai perder espaço econômico global. O fato é que, as chances de a América Latina voltar a crescer mais do que a média mundial são muito pequenas. A economia global está saindo da crise, a China está se convertendo em uma economia mais sofisticada e a região está andando para trás.

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  21. Ana Paula Tavares Silva 24/09/2015 / 11:01

    Para o atual momento que o Brasil vive, tanto na economia quanto na politica, a desaceleração já chegou e é sentida por todos que nele vive. Se tratando de América Latina, ao analisar toda sua historia, é possível ver que esta vive momentos bons momentos ruim quanto à sua economia. Há tempos de prosperidade, desaceleração, crise e recuperações e novamente prosperidade. Essa dinâmica faz parte do sistema econômico. Ter a sensibilidade para reconhecer tais flutuações é de suma importância para que os governantes possam perceber a forma de agir, ora tem que acelerar o ritmo da economia, ora tem que freia-lo, pois, diferentemente dos países que não sofrem isso, aqueles tem que ter cautela para agir. O que não pode ocorrer é, ao primeiro sinal de uma diminuição de avanço, achar que tudo esta perdido e que não tem saída. Assim, aqui, vale lembrar o quão importante é o planejamento em longo prazo e varias estratégias para ambas as fases. O que tem que se evitar sempre é o retrocesso e focar sempre no avanço seja ele lentamente ou rapidamente.

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  22. Ana Luiza Brasileiro 29/09/2015 / 7:45

    A intensidade de crescimento da economia brasileira nos últimos anos teve consequências limitadas para a qualidade do crédito para outros países da América Latina, já que são poucos os países que possuem fortes relações comerciais com o País, afirma a agência internacional de classificação de riscos Moody’s Investors Service, através de um relatório. Apenas quatro países da América Latina conseguiram uma exposição comercial maior à desaceleração do crescimento econômico brasileiro: Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai. Tais países possuíram exposição maior por terem uma atividade econômica mais voltada para o comércio exterior. Os fatores que geraram um crescimento não expressivo vão além da recessão internacional, e colocam em cheque a posição de líder que o Brasil havia conquistado nos últimos tempos. Mesmo sendo a maior economia, o país deve se espelhar nos vizinhos como Chile e Equador, que ainda apresentam um crescimento expressivo. O fortalecimento do continente passa por uma política de cooperação, com maior integração dos países e fortalecimento da UNASUL. O Estado precisa modificar sua intervenção na economia, primando-se em alguns pilares, mas não agindo diretamente, e sim possibilitando ao particular se desenvolver. São alguns destes: o desenvolvimento e fortalecimento da infraestrutura, item indispensável para qualquer crescimento; o incentivo às indústrias de base, e à pesquisa e desenvolvimento dos produtos aqui extraídos.

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